Treinar e desenvolver, duas faces da mesma moeda

Treinar e desenvolver, duas faces da mesma moeda

Por Lucas Gonçalves Silva*

Publicado em 10 de outubro de 2019

Entendemos que treinar e desenvolver pessoas não é uma novidade, principalmente nas grandes corporações. Essas entenderam, após uma sequência de tentativas malsucedidas e improdutivas, que seu capital humano precisa estar em constante desenvolvimento e capacitação para realizar determinadas tarefas de forma satisfatória. O treinamento também vem se mostrando como uma tendência, que dia após dia é implementada em empresas de menor porte e dos mais variados ramos de atuação. Esses processos são necessários e podem ser vantajosos até mesmo para o pequeno comerciante local. Mas qual é a diferença entre treinar e desenvolver o potencial humano?

O treinamento é aplicado de modo pontual, com o objetivo de diminuir as chances de um colaborador cometer erros em determinada tarefa de seu cargo, enquanto o desenvolvimento visa antecipar demandas do futuro, mas com um maior período de atividades, como palestras e cursos sobre as competências em questão. O fato é, pessoas treinadas e “desenvolvidas” produzirão mais, estarão mais engajadas em suas atividades e demonstrarão melhor eficiência em suas obrigações na organização.

Em meio ao vai e vem do mercado, com o crescente número de exigências para uma contratação, mesmo para os mais simplórios dos cargos existentes, aquelas pessoas que buscam se desenvolver constantemente conseguem uma considerável vantagem competitiva em seleções e em atividades empreendedoras. Competências relacionadas com o “tato” nas relações humanas nunca foram tão importantes, por exemplo, falar sobre autoconhecimento, liderança, lidar com emoções, empatia, comunicação assertiva, entre outros temas.

Não é à toa que o coaching conquistou tanto espaço no nosso cotidiano e nos meios de comunicação. A demanda por capacitação, desenvolvimento ou treinamento (ou qualquer outro nome que você prefira usar) existe, e onde há demanda existirá oferta. Além disso, há evidências sólidas do funcionamento de diferentes abordagens oferecidas por coaches como no coaching comportamental, coaching focado em soluções e no coaching cognitivo-comportamental. Portanto, seja por interesse organizacional ou individual, há meios para se capacitar no mercado afim de fugir da estagnação. Há alguns anos, o diferencial de um currículo poderia ser o curso de pacote office e digitação (em várias situações ainda é), porém, as exigências do mercado mudaram. Saber lidar de forma saudável com seu colega de trabalho pode ser muito mais importante que uma capacidade técnica.

Por fim, atentem-se para indícios de baixa produtividade associados a respostas emocionais intensas, mesmo após um longo período de treinamento e desenvolvimento. Seria ingenuidade pensar que a “simples” capacitação de funcionários resolveriam problemas emocionais e transtornos mentais. Nesse caso, procure ajuda de um profissional da saúde.

*Lucas Gonçalves Silva - Psicólogo e Coach, Pós-graduando em Gestão de Pessoas, Competências e Coaching pela Univiçosa.


Fonte: https://academico.univicosa.com.br/uninoticias/noticias/treinar-e-desenvolverduas-faces-da-mesma-moeda