O gaseificador de biomassa desenvolvido pelo grupo de pesquisadores, consiste num equipamento composto de várias fases, nas quais a partir de biomassa pode-se produzir gases como hidrogênio e metano.
A professora Svetlana Fialho Soria Galvarro do curso de Engenharia Ambiental e Engenharia Química da Univiçosa, alcançou mais uma importante etapa em sua carreira: O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), concedeu a patente ao trabalho de pesquisa “Gaseificador de biomassa de fluxo concorrente para secagem de grãos e aquecimento de aviários”, desenvolvido pelo professor Jadir Nogueira da Silva juntamente com os coautores Svetlana Fialho Soria Galvarro, Samuel Martin e Fabio Luiz Zanatta.
A gaseificação é um processo que tem por objetivo principal a produção de gases tais como metano e hidrogênio que industrialmente possuem diversas aplicações. A ideia dos pesquisadores que desenvolveram o gaseificador, recém patenteado, foi de propor um equipamento simples de fácil aplicação pelo produtor rural que muitas vezes está alocado em uma região afastada dos grandes centros urbanos e possui limitados recursos e disponibilidade de tecnologia. O trabalho foi desenvolvido no departamento de Engenharia Agrícola da Universidade Federal de Viçosa (UFV), sob a orientação do professor Jadir Nogueira da Silva.
O gaseificador de biomassa desenvolvido pelo grupo de pesquisadores, consiste num equipamento composto de várias fases, nas quais a partir de biomassa pode-se produzir gases como hidrogênio e metano. A queima desses gases é que propicia o ar aquecido. A ideia dos inventores foi de proporcionar a simplificação dos gaseificadores industriais, de modo que pudesse ter os usos agropecuários como secagem de grãos e aquecimento de aviários, o que somente foi possível devido à configuração dos elementos necessários a um gaseificador.
O sistema desenvolvido produziu os gases típicos da gaseificação e com a estrutura de alvenaria acoplado no gaseficador, os gases foram queimados com objetivo de produzir ar aquecido de qualidade, sem a presença da maioria significativa dos resíduos de uma combustão incompleta, como ocorre em fornalhas, comumente utilizadas na secagem de grãos e aquecimento de aviários. Dessa forma, na produção do ar aquecido, via gaseificação, não foi verificada a presença de fumaça.
A professora Svetlana Fialho participou de todas as etapas de construção do gaseificador durante os anos de graduação em que fez iniciação científica tendo realizado durante o mestrado, a automação do gaseificador por meio do controle das entradas de ar, o que até então era realizado de forma manual.
A automação foi necessária, uma vez que a gaseificação tem exigência muito restrita de oxigênio, sendo que se entrasse mais oxigênio do que o necessário no sistema, deixaria de ocorrer a gaseificação para ocorrer uma simples combustão, o que comprometeria a qualidade do ar.
A gestora dos cursos de Engenharia Ambiental e Engenharia Química, Daniella Sette, parabeniza a professora Svetlana Fialho pela conquista tão merecida e afirma que é um grande orgulho tê-la como parte do seu corpo docente.