O novo coronavírus vem desencadeando uma série de preocupações e incertezas quanto à sua disseminação e cura. Por isto, profissionais da saúde vêm trabalhando constantemente para trazer soluções eficazes.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o novo coronavírus já causou a morte de milhares de pessoas em todo o mundo desde o seu surgimento, no final de 2019. Os profissionais da saúde estão trabalhando arduamente para amenizar os impactos causados pela doença.
Contudo, em muitos casos, o número de infectados pode ser superior ao número que o sistema de saúde mundial pode comportar. Por isto, os alertas e recomendações dos órgãos responsáveis são cada vez mais necessários e restritivos, visto que, para além dos idosos, que representam um grupo de risco, constatou-se que a doença também pode ser fatal para os mais jovens.
Atuação do farmacêutico no combate à COVID-19
Dentre os profissionais de saúde, os farmacêuticos, que também atuam na linha de frente, possuem um papel indispensável no uso racional de medicamentos, principalmente durante este período de escassez medicamentosa que a crise da COVID-19 vem causando.
Além disso, atuando em conjunto com uma equipe multidisciplinar, são os profissionais responsáveis por adotar práticas de dispensação segura de medicamentos e otimização da farmacoterapia, a fim de garantir segurança, saúde, qualidade de vida e efetividade no tratamento do paciente.
Uso de medicamentos controlados
A professora do curso de Farmácia do Centro Universitário de Viçosa – UNIVIÇOSA, Grasielle Gusman, explica que para os pacientes que fazem o uso contínuo de medicamentos, como os hipertensos, diabéticos e asmáticos, o tratamento não deve ser interrompido ou modificado sem a autorização e orientação do médico responsável.
Enquanto durar a pandemia do novo coronavírus, o Conselho Federal de Medicina (CFM) permitiu o funcionamento do telemonitoramento e teleconsulta em caráter excepcional. Por isso, converse com o seu médico sobre a possibilidade de estabelecer uma rotina virtual.
Uso de hidroxicloroquina e cloroquina no tratamento da COVID-19
A professora do curso de Farmácia da UNIVIÇOSA, Renata Diniz, explica que a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) ainda não regulamentou a utilização desses medicamentos no tratamento da COVID-19 – os quais são utilizados para tratar de outras doenças, como a malária, lúpus e artrite reumatoide, em pacientes que já fazem a devida utilização e acompanhamento médico. Entretanto, pesquisas já foram feitas e mais estudos estão sendo desenvolvidos para chegar a um resultado concreto sobre a real eficácia desses medicamentos neste tratamento.
Estabelecimentos farmacêuticos: ambientes informativos e prescritivos
A fim de colaborar com o combate ao vírus a nível mundial, a OMS solicitou que os líderes políticos estabeleçam medidas restritivas e preventivas. Uma delas foi o fechamento parcial ou completo de estabelecimentos que vendam itens não essenciais à sobrevivência, como remédios, alimentação e itens de higiene. Portanto, durante esta crise, os estabelecimentos farmacêuticos são autorizados a abrir para que pacientes que fazem uso de medicamentos contínuos ou que necessitem de algum remédio específico não sejam prejudicados.
A gestora do curso de Farmácia da Univiçosa, professora Adriana Patarroyo, orienta sobre o quanto estes estabelecimentos podem informar e reforçar à população sobre os cuidados que devem ser tomados durante a pandemia, além de alertar sobre os riscos da automedicação: “por mais inofensivo que aparenta ser, qualquer medicamento pode desencadear reações graves e indesejáveis ao nosso corpo”. Adriana conclui afirmando que as orientações farmacêuticas atuam como ferramentas essenciais para diminuir os riscos advindos do uso inadequado de medicamentos.