O novo coronavírus, que já causou a morte de milhares de pessoas em todo o mundo, exige que fiquemos em casa o máximo que pudermos. Protegendo a nós, protegemos os demais.
A medida do isolamento social, que vem sendo adotada por meio de decretos governamentais por muitos países ao redor do mundo, como Itália, Espanha e Brasil, exige que a grande maioria da população não saia de casa desde que não seja estritamente necessário.
Desta forma, evitando o contato físico com as pessoas e, consequentemente, as chances de transmissão da doença, o combate ao COVID-19 ganha força. A área da Psicologia vem estudando os desdobramentos psíquicos que esta fase pode causar à população mundial.
Como a Psicologia está agindo neste momento de crise:
Psicólogos vêm estudando os impactos na saúde mental durante este período, já que pesquisas revelam que quase metade dos sobreviventes do último coronavírus, datado entre 2002 e 2003, tiveram resquícios provenientes dos transtornos mentais acumulados. As consequências culminaram em depressão, ansiedade, estresse, trauma e medo.
O gestor do curso de Psicologia do Centro Universitário de Viçosa - Univiçosa, professor Bruno Cury, deu recomendações e boas surpresas a respeito da necessidade do isolamento social. O primeiro alerta é sobre a essencialidade de ficar em casa sempre que possível, para o bem social. Além disso, ele ressalta a importância de estar aberto a viver da melhor forma as medidas que o cenário atual exigem: “é muito importante quando se coloca que o indivíduo deve lidar com a própria presença, se conhecendo mais e lidando com os demais indivíduos que moram na mesma casa”.
Caso estejamos falando de casos em que os indivíduos morem sozinhos, é uma grande chance de aprender a gostar de conviver um tempo consigo, conhecendo melhor as suas habilidades, limitações e hobbies. Caso estejamos falando de uma casa habitada por mais de uma pessoa, o Professor enxerga como uma chance de analisar as relações interpessoais e regá-las com bons sentimentos e costumes.
As vantagens que o isolamento social pode trazer:
- Maior convivência com as pessoas que compartilham a mesma casa;
- Confirmar e analisar o tipo de relação interpessoal estabelecido;
- Refletir sobre o trabalho em que atua;
- Refletir sobre as relações e obrigações da vida pessoal, familiar e amorosa;
- Favorecer o autoconhecimento;
- Investir tempo em distrações: filmes, séries e cuidados pessoais;
- Colocar os estudos em dia;
- Atualizar e aprimorar o currículo.
Aproveite o tempo para sair do foco
Um grande alerta que o professor Bruno Cury faz é que o nosso cérebro tende a armazenar as informações que são mais salientes a ele, para que consiga ir se preparando para um contexto de caos. Neste momento, as informações mais salientes são referentes à propagação do novo coronavírus.
Por isto, alimentar-se incansavelmente dessas notícias pode comprometer a sua sanidade mental e desencadear sentimentos ruins, como a ansiedade e o medo. Portanto, evitar o excesso de leitura sobre o vírus se torna essencial. “O alerta não é para que as pessoas fiquem desinformadas, mas que reservem apenas um determinado momento do dia para que possam se atualizar, destinando o restante do dia para testar receitas novas na cozinha, enriquecer o currículo com leituras para o aprimoramento profissional, organizar o armário ou passar um momento com a família”, conclui o Professor.
Prezando pela saúde mental e ficando em casa pelo bem social, é possível encontrar relaxamento e paz diante de todo este caos.