Investimento em aprendizado, além de aumentar o capital intelectual da organização, permite com que as pessoas tenham maior conhecimento acerca dos fatores subjacentes a mudanças
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- Larissa de Oliveira Pena, Psicóloga, Especialização em Gestão de Pessoas e Comportamento Organizacional pela Univiçosa em andamento.
- Rúbia Fonseca Roberto, Mestre em Administração, Docente da Univiçosa, Coordenadora do MBA em Gestão de Pessoas e Consultoria Organizacional.
A todo momento os gestores se deparam com os desafios apresentados pelas mudanças que ocorrem no ambiente organizacional e planeja formas de alcançar seus objetivos nesse quadro de inconstâncias. Mas um elemento às vezes negligenciado no planejamento é a resistência dos colaboradores às mudanças.
A resistência surge frente ao desconhecido, e na organização não é diferente, o “instinto de sobrevivência’’ nos faz temer o novo, e assim como num ato de defesa, há uma tendência natural a resistir. Mas a medida que o cenário se torna conhecido vamos nos adaptando. Assim, o sujeito deve ser levado em conta não pela resistência que pode oferecer, mas como peça-chave para uma nova perspectiva e cultura organizacional.
Ignorar o fator humano - como o indivíduo/colaborador se sentem e enxergam o processo de mudança organizacional - é criar obstáculos à inovação. Quando isso não ocorre, podem surgir questionamentos na esfera psíquica e subjetiva, como o medo de não conseguir se adaptar e a consequente demissão, levando a ações de boicote ao novo modelo.
Um recurso para tentar minimizar as dificuldades é a comunicação. O diálogo aberto, engajamento e preparação dos colaboradores para o novo contexto os auxiliam na adaptação e revela-se uma oportunidade de crescimento, tanto para a empresa quanto para os funcionários.
Investimento em aprendizado, além de aumentar o capital intelectual da organização, permite com que as pessoas tenham maior conhecimento acerca dos fatores subjacentes a mudanças, além de garantir melhor compreensão da organização em que está inserido e suas necessidades. ‘’O aprendizado é a essência da mudança organizacional, não sendo apenas uma simples incorporação de informações, mas a construção da capacidade de criar e de romper as maneiras rotineiras e habituais, de pensar e agir. ’’ (SENGE, 1990).
SENGE, Peter M. A Quinta Disciplina: arte, teoria e prática da organização de aprendizagem. São Paulo,1990.