O uso das tecnologias pode fazer com que idosos trabalhem melhor a região da memória e tomada de decisões
Albert Marinho de Brito: Tecnólogo em Redes de Computadores. Professor do curso de Redes de Computadores da Univiçosa
O uso dos computadores está presente em nossas vidas, existe uma frase que diz respeito a isso: tudo se faz nele e quase nada se faz sem ele. Podemos dizer que o computador é uma ferramenta de trabalho e tanto, pois nele realizamos diversas atividades, como ler uma notícia em um site da internet, assistir o clipe do seu cantor preferido, bater papo com seus amigos e familiares pela internet. Estas são algumas das ações que podem ser executadas no mundo virtual. Quando citamos estes exemplos pode parecer que somente jovens executam tais tarefas, mas o número de pessoas da terceira idade vem crescendo muito no uso da informática e de suas tecnologias que a cercam.
Dentro deste cenário, o acesso à internet, as redes sociais, a recursos de entretenimento, o uso de e-mails, compras virtuais, cursos na modalidade EAD, pagamentos de contas e outros recursos oriundos do âmbito digital têm feito parte da rotina cotidiana da terceira idade. Essa utilização da informática e suas tecnologias têm gerado inúmeros benefícios e facilidades para as mais diversas faixas etárias e, principalmente, para a terceira idade. O que reforça a perspectiva do computador como algo necessário.
Estes benefícios não ficam apenas na vida cotidiana, mas também nos benefícios cognitivos, pois leva o idoso a utilizar a mente e o intelecto produzindo assim o conhecimento. O uso das tecnologias pode fazer com que idosos trabalhem melhor a região da memória e tomada de decisões, além de ser uma importante aliada para que o idoso não perca a capacidade de raciocínio.
Não se pode negar que para uma grande parte de pessoas pertencentes a esse público o uso da informática ainda é um desafio, visto que muitos têm medo ou receio “do novo”. Além disso, muitos são avessos à informática dizendo que é coisa para jovem e fazem uma analogia “cavalo velho não pega andadura”. Contudo, a nova perspectiva do acesso ao universo digital por parte da terceira idade alça esse público à condição de um sujeito ativo nas práticas cotidianas das relações sociais, o que ultrapassa a perspectiva do ostracismo.