Em um período em que o álcool em gel se tornou um item essencial para proteção contra a COVID-19, a procura aumentou significativamente. Sua ação antimicrobiana se tornou uma aliada importante. Entretanto, devido à alta procura desde o início da pandemia, a falsificação se tornou muito frequente.
O Conselho Nacional de Combate à Pirataria e Delitos contra a Propriedade Intelectual (CNCP), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) fazem um alerta para que não compremos álcool em gel de fornecedores que não sejam estabelecimentos oficiais e autorizados, como supermercados e farmácias. Isto porque, ao menos que o adultério seja óbvio, não é fácil de identificar as características de um produto falsificado – e, ao invés de ser um produto combatível, se torna um risco.
A primeira reflexão que deve ser levada em consideração é acerca do poder altamente combatível do álcool em gel, na proporção 70% de etanol, e fabricado em laboratórios oficiais: sua composição, além de não permitir que o álcool evapore com tanta rapidez, levando à ação por um tempo maior, é fortemente utilizado para higienização das mãos, de objetos e superfícies.
Mas como saber se o produto foi adulterado?
Desde o início da pandemia, a internet foi bombardeada por receitas caseiras de álcool em gel que prometiam eficácia e economia. Acontece que essas receitas não devem ser seguidas. Os órgãos de saúde e os professores do curso de Farmácia da Univiçosa reiteram que o produto só pode ser produzido por laboratórios responsáveis, sob a supervisão de um profissional responsável (que pode ser um químico ou farmacêutico).
Contudo, mesmo sabendo dos riscos, há pessoas e empresas não autorizadas que se aproveitam da situação de alta demanda para produzir álcool falsificado. O grande entrave nisso, para além de comprometer a saúde da população, é que pode ser muito difícil de identificar quando se trata de adultério.
Atente-se às informações do rótulo e às características do produto
O produto adulterado pode comprometer a ação do álcool em gel e não ser eficaz no combate à COVID-19. Portanto, quanto melhor soubermos identificar seu adultério, mais protegidos ficaremos. Algumas dicas para minimizar o risco de adquirir um produto falso:
- Compre em comércios que são fiscalizados pela Vigilância Sanitária e órgãos responsáveis;
- Atente-se às informações do rótulo, como: número de lote, data de produção e vencimento, dados gerais da empresa de fabricação (principalmente CNPJ), nome do responsável técnico e número da autorização para venda;
- Atente-se às características físicas do produto. A consistência do álcool em gel não recebe mistura alguma do gel de cabelo ou da gelatina, mesmo que as texturas sejam similares. O produto, para que garanta a real eficácia, deve ser produzido isoladamente, com proporção de 70% de etanol, e fabricado em laboratórios.
A falsificação não só é um ato ilegal, como compromete de forma significativa o combate à pandemia. Só venceremos esse vírus se os produtos forem, de fato, eficazes.
Por fim, a gestora do curso de Farmácia, professora Adriana Patarroyo, faz o alerta para que, mesmo diante à desconfiança da falsificação de um produto, o teste deve ser feito somente por profissionais. Ao realizar o teste em casa, além de correr o risco de não chegar a um resultado preciso, podemos misturar agentes e sofrer algum tipo de queimadura. “Portanto, não se esqueçam que o álcool em gel, quando comprado em locais autorizados, é um dos nossos grandes aliados”, completa.
Inteligência financeira e comportamentos