O objetivo do curso de Capacitação em Mediação Judicial é oferecer subsídios teóricos e práticos para a atuação de mediadores do Poder Judiciário
Participantes durante o evento
Finalizou nesta sexta-feira (23), a primeira etapa do curso, referente ao módulo teórico, de Capacitação em Mediação Judicial, organizado pelo CEJUSC (Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania) de Viçosa. O curso teve início na segunda (19) e aconteceu no Salão do Júri do Fórum de Viçosa.
O curso é oferecido pelo TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais) com o fundamental apoio da Univiçosa. Foi ministrado pela assistente jurídica da Univiçosa, responsável pela supervisão do CEJUSC Viçosa, Bruna Dias Pereira, e pelos servidores do TJMG: Eduardo Gonçalves Bastos, Fernanda Souza Barral e Júlia Delfino Albuquerque.
O objetivo do curso de Capacitação em Mediação Judicial é oferecer subsídios teóricos e práticos para a atuação de mediadores do Poder Judiciário.
Segundo Michele Amaro de Jesus, Assistente Social e Conselheira Tutelar, depois da realização do curso as atitudes mudam, não somente no trabalho, mas também no âmbito familiar. “Decidi fazer o curso mesmo não sabendo o que era, mas ouvia muitas pessoas falarem e resolvi fazer. Quando pesquisei sobre o assunto vi que me ajudaria muito na abordagem que fazemos com as famílias. Uma vez que a maioria dos atendimentos do Conselho é o conflito e depois acaba transformando em uma violação. Assim, com o curso, é possível fazermos outra abordagem, identificar melhor o problema e dessa forma fazer o melhor encaminhamento. Evitando a judicialização de muitos conflitos que passam pelo Conselho Tutelar”, comentou.
Érica Arruda Peluzio é Psicóloga e se interessou pelo curso pois, gosta de atuar na área jurídica da psicologia. O primeiro contato com a mediação foi através de estágio realizado no Fórum de Viçosa. “Durante o tempo que trabalhei como estagiária percebi que na área jurídica faz muita falta a parte de escutar o próximo. Esse trabalho que a medicação faz de ouvir as partes envolvidas e fazer com que as partes também se comuniquem é muito importante. E, é esse o trabalho do psicólogo: ouvir o outro. Eu, enquanto psicóloga, quero entender e escutar o outro e ajudar a resolver os problemas. O aprendizado dessa semana foi incrível. Todos, independente da área de atuação, deveriam ter contato com a mediação”.
Renan de Freitas Santana quis fazer o curso primeiramente para a sua formação pessoal, pois ele sempre buscou uma maneira de solucionar os conflitos de maneira pacífica. “Apesar de ser advogado eu busco resolver os problemas sem judicialização, a última coisa que quero é que as partes entrem com processo. Enxerguei no curso uma oportunidade de melhoria profissional e também social, pois assim aconselho melhor as partes e consigo promover o diálogo que é muito importante e que falta, às vezes, entre um e outro”.
Por fim, Bruna Pereira destacou que o curso é de suma importância para que seja ampliada a capacidade de atendimento aos casos de mediação e conciliação que o CEJUSC atende. “Contamos com os voluntários para a realização dos nossos trabalhos de forma rápida e eficiente, portanto, vemos a capacitação como o principal passo na manutenção da qualidade do serviço prestado aos cidadãos da comarca. Ficamos felizes em poder contar com o apoio do TJMG e da UNIVIÇOSA, faculdade parceira do CEJUSC, para o oferecimento do curso presencial em Viçosa. Tivemos a sorte de contar com instrutores experientes e participantes engajados na formação, por isso, consideramos que este curso foi um grande sucesso!”
O CEJUSC realiza em média, por mês, cerca de 74 conciliações e 4 mediações. Segunda Bruna Pereira os atendimentos poderiam aumentar se o número de voluntários e servidores capacitados aumentasse. Os interessados devem contactar o CEJUSC pelo telefone (31) 3891 4144.