As Oficinas de Divórcio e Parentalidade acontecem na Univiçosa, que com seu apoio, disponibiliza o espaço físico e materiais para a realização dos encontros.
O CEJUSC (Centro Judiciário de Solução de Conflitos Cidadania da Comarca de Viçosa), em parceria com o Tribunal de Justiça, a Univiçosa e a OAB, iniciou suas atividades do ano de 2019 com um Ensaio da Oficina de Pais e Filhos, também conhecida como Oficina de Divórcio e Parentalidade. O objetivo principal foi apresentá-la aos advogados que ainda não tiveram a oportunidade de conhecê-la, visto a importância que este tem na vida dos profissionais da área. Essa é a 13ª exposição do projeto estabelecido em Comarca.
A Oficina de Pais e Filhos é um programa educacional interdisciplinar desenvolvido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) no intuito de auxiliar famílias que estão passando por uma fase de reorganização familiar. Este projeto conta com a participação de expositores voluntários, formados pelo CNJ, que tratam sobre os efeitos do divórcio e temas referentes a prevenção da alienação parental e comunicação não violenta, junto as famílias envolvidas em processos de divórcio ou de rearranjos em sua estrutura.
Uma das advogadas parceiras do Cejusc e expositora voluntária do programa, Dra. Paula Lelis, ressaltou que "a Oficina de Parentalidade é de fundamental importância, pois visa auxiliar pais e filhos a enfrentar as consequências do divórcio e reduzir traumas decorrentes das mudanças familiares, principalmente em relação aos menores envolvidos. O advogado tem em suas mãos o poder para propagar esse projeto, visando, antes de tudo, o bem estar de seus clientes, mas principalmente o desenvolvimento saudável das crianças e dos adolescentes que vivenciam essa fase tão difícil. É uma oportunidade de o profissional desenvolver seu papel social, seu lado humano."
A advogada Dra. Isadora de Oliveira dos Santos Vieira, mestranda em Família e Sociedade pela UFV e pós-graduanda em Direito de Família e Sucessões, participou do Ensaio da Oficina de Pais e Filhos e destacou sua importância e interesse nesta atividade, ponderando sobre a “necessidade de medidas de intervenção que almejem a pacificação dessas relações, a garantia de uma parentalidade adequada e a consequente prevenção de danos de ordem física, psicológicas e psiquiátricas na trajetória dos filhos”.
Destacada a importância deste programa, não apenas enquanto uma prática de apoio sócio-familiar, mas também como um dos componentes dos Métodos de Cultura de Paz, considerando-se a necessidade de auxiliar as famílias a se reestruturarem de forma pacifica. Seja por meio do diálogo e da resolução de seus próprios conflitos de forma amigável e não traumática, sem a necessidade de interferências processuais do Poder Judiciário.
É importante assinalar a contribuição dos Cejusc’s e sua parceria com outros profissionais, como advogados, defensores públicos, promotores, assistentes sociais e juízes, sob a figura do judiciário, além daqueles que estão à frente do poder público e especializados na Educação. Uma missão para se cumprir em conjunto!