No inverno, a combinação café, pão de queijo e uma boa prosa é quase irresistível. Estes foram os elementos do primeiro “Café com o Diretor”.
Da esquerda para a direita: Diretor Geral, Professor Evaldo Zeferino Rodrigues, Gestora do Curso de Fisioterapia, Professora Silvia Morais, estudante do 5º período, Isabella Martins Rodrigues e Diretor Acadêmico, professor Per Christian Braathen
Nesta quinta-feira (22), o Diretor Geral da Univiçosa, professor Evaldo Zeferino Rodrigues, recebeu a estudante Isabella Martins Rodrigues, o Diretor Acadêmico, Per Christian Braathen e a Gestora do Curso de Fisioterapia, Silvia Helena de Oliveira Morais. O tema do encontro foi a experiência acadêmica internacional da aluna.
A estudante de Fisioterapia, Isabella Martins Rodrigues, 5º período, submeteu um de seus trabalhos à 35ª Conferência Internacional sobre Biomecânica em Esportes. O trabalho "Thoracoabdominal motion during different exercises of classical ballet: preliminary results" foi selecionado para a modalidade de apresentação oral, o que demonstra a relevância e qualidade da pesquisa. Esta é um dos 3 pilares (ensino, pesquisa e extensão) da organização curricular dos cursos da Univiçosa, que oferece a oportunidade ao discente de participar de eventos científicos desta natureza, contribuindo para a aquisição de conhecimentos, atitudes e habilidades importantes para sua formação. A Conferência foi realizada em Colônia, na Alemanha, onde a estudante permaneceu por uma semana.
Durante o Café, a estudante contou qual foi o saldo da experiência e explicou como é sua relação com a pesquisa. Isabella ressaltou, ainda, a importância da interação entre Instituições nacionais e internacionais na realização de estudos que contribuam para a construção de conhecimentos que possibilitem a prática baseada em evidências, como é o caso do trabalho em questão. A pesquisa que resultou neste trabalho, foi feita a partir de uma parceria entre 5 instituições: Universidade Federal de Viçosa, sob orientação da professora Amanda Piaia Silvatti; Univiçosa, com apoio do professor Andrês Chiapeta; Universidade Estadual de Campinas; Politecnico di Milano e Università Campus Bio-Medico di Roma.
Com a palavra, a estudante de Fisioterapia da Univiçosa, Isabella Martins Rodrigues
Em sua pesquisa, você estuda a biomecânica inserida em diferentes exercícios de balé clássico. Como foi feita a escolha do tema?
Interessei-me pela pesquisa em dança justamente por existirem poucos estudos relacionados à biomecânica na área. Para mim, estudar mecanismos que melhorem, de forma geral, a saúde do bailarino é de extrema importância. Um dos meus objetivos é despertar nas pessoas que trabalham com dança a consciência de que a prevenção de lesões e o condicionamento físico do bailarino são fundamentais para melhorar a qualidade de vida e a performance desses profissionais.
Como é sua relação com a pesquisa?
Entrei na Univiçosa gostando e fazendo pesquisa. Eu já possuía uma ideia formada sobre as atividades acadêmicas que faria aqui. A professora Silvia Morais é uma motivação a mais que nós, alunos, temos. Ela sempre nos apoia e incentiva a fazer pesquisa e fica muito feliz com as nossas conquistas. Desenvolver pesquisa é algo trabalhoso, requer muito estudo e, quando encontramos pessoas como ela, que é nossa gestora, o professor Andrês e outros da Fisioterapia, o nosso ânimo se renova.
Como foi a experiência na Conferência?
Foi ótima! Havia pessoas de todos os lugares do mundo, como Japão, EUA, toda a Europa, Brasil, Chile e tantos outros países. Vi muitos trabalhos diferentes, metodologias novas, inovações em todas as áreas do esporte. Foi uma experiência ímpar para minha vida acadêmica, enquanto pesquisadora e estudante de Fisioterapia.
Como foi o contato com pesquisadores de outras culturas?
Tive a oportunidade de participar de um programa do mentoring. Trata-se de um programa que combina sua área de pesquisa com a de um professor de outra universidade e agenda um encontro. No meu caso, almocei com um professor da Inglaterra. Além disso, ele assistiu minha apresentação, leu o trabalho e trocamos várias ideias sobre a pesquisa, minhas perspectivas quanto ao futuro e minha profissão. Foi uma experiência muito rica.
Qual mensagem você deixaria aos alunos que se interessam por pesquisa e desejam participar de eventos desse porte?
A mensagem que posso deixar aos alunos que querem ter essa experiência é que estudem, estudem e estudem. Não tenham medo de desenvolver pesquisa, produzir trabalhos, e crescer enquanto pesquisadores. Outro ponto importante é o estudo da língua, especialmente o inglês. Nessa Conferência, por exemplo, não houve tradução alguma. Estudar outras línguas é fundamental para quem quer ter uma experiência fora do país. Seja em qualquer área, é preciso se dedicar ao que você gosta, ao seu trabalho e um dia as oportunidades aparecem e a recompensa chega.
A intenção do Diretor é manter o Café periodicamente.