Os bioplásticos biodegradáveis são aqueles que se decompõem em aproximadamente 18 semanas.
Foto: MorgueFile
Lidiane Faria Santos: Química, Mestre em Engenharia Química, Doutora em Agroquímica. Professora dos cursos de Engenharia Ambiental e Engenharia Química da Univiçosa
Atualmente somos totalmente dependentes da indústria petroquímica e a luta pela diminuição dessa dependência é um desafio para muitos pesquisadores. Um bom exemplo é a produção de plásticos sem a utilização do petróleo, o bioplástico.
Bioplástico é um plástico feito a partir de matéria-prima renovável como resíduos de arroz, milho, cana-de-açúcar e soja, visando uma produção sustentável.
Os bioplásticos nem sempre são biodegradáveis, ou seja, a decomposição deles pode durar o mesmo tempo que a dos plásticos provenientes do petróleo.
Os bioplásticos biodegradáveis são aqueles que se decompõem em aproximadamente 18 semanas. A decomposição pode acontecer por compostagem, com o contato com a água, com a ação de micro-organismos ou em contato com o oxigênio e raios ultravioletas.
No processo de degradação o bioplástico libera somente produtos atóxicos o que evita que o solo seja contaminado por produtos químicos perigosos.
É necessária uma grande atenção com a destinação correta desse tipo de material, pois aqueles ditos biodegradáveis devem ser rastreados para saber se o produto deteriora no tempo prometido. Aqueles que não são biodegradáveis não devem ser reciclados junto a outros plásticos, pois possuem temperaturas de fusão diferentes, comprometendo o processo de reciclagem.
A principal desvantagem na produção de bioplásticos é que o custo pode ser de até três vezes maior que o plástico convencional, e por isso ainda não é visto como alternativa viável pelas indústrias.
A previsão é que o mercado europeu de bioplásticos aumente consideravelmente até 2017 atingindo cerca de 6,2 milhões de toneladas.