A fabricante de software antivírus G Data, representada no Brasil pela FirstSecurity, divulgou uma alerta sobre a elevada capacidade de invasão dos criminosos cibernéticos a roteadores domésticos
É preciso adotar vários cuidados e mecanismos de proteção contra esse tipo de ameaça
Fabiano Mario Rodrigues Fialho. Graduado em Sistemas de Informação, Mestre Ciência da Computação. Professor do curso de Rede de Computadores da Univiçosa
A fabricante de software antivírus G Data, representada no Brasil pela FirstSecurity, divulgou uma alerta sobre a elevada capacidade de invasão dos criminosos cibernéticos a roteadores domésticos. Recentemente criminosos conseguiram infectar mais de 900 mil roteadores da operadora Deutsche Telekom, na Alemanha, o que acende um sinal de alerta para os usuários de internet também no Brasil, segundo a empresa.
O especialista da G Data, Tim Berghoff, orienta os usuários brasileiros a adotarem vários cuidados e mecanismos de proteção contra esse tipo de ameaça para evitar o que aconteceu com os clientes da operadora de telefonia alemã. "Os ataques às vulnerabilidades dos roteadores domésticos e das pequenas empresas são altamente lucrativos para a indústria do crime cibernético”, enfatiza.
Segundo ele, ao conseguir explorar as falhas de segurança desses aparelhos, eles são capazes de realizar todos os tipos de manipulações depois de passar pelo roteador e chegar aos computadores domésticos e das pequenas empresas. “Por exemplo, os invasores podem modificar as configurações de DNS para direcionar o tráfego da Internet para executar um ataque de negação de serviço (DDoS) ou até mesmo interceptar e roubar dados pessoais, bancários e de cartões de crédito dos usuários que se conectam por meio destes roteadores fragilizados. Também podem coletar chaves de acesso usuário-senha de vários serviços, tais como e-commerce, serviços de e-mail, aplicações online, rede sociais e muitos outros”, explica.
O especialista também ressalta que o “este ataque contra os dispositivos da operadora na Alemanha é apenas a ponta do iceberg e, infelizmente, temos de estar preparados para enfrentar ataques similares no futuro", pondera. Para que o usuário brasileiro possa aumentar a sua capacidade de proteção contra este tipo de ataque, Berghoff fez uma pequena lista de procedimentos fundamentais que ajudam o usuário a evitar se tornar vítima dos criminosos cibernéticos.
O primeiro item é a atualização permanente. Segundo ele, para proteger o roteador contra o acesso não autorizado é essencial que o equipamento esteja totalmente atualizado. Os aparelhos antigos devem ser trocados, mesmo que funcionem corretamente para permitir acesso à Internet. Em muitos casos, essas atualizações são feitas automaticamente quando o roteador se conecta ao seu provedor de Internet, mas nem sempre isso acontece do modo seguro e correto. É neste caso que o usuário tem que realizar esta atualização a partir do site do fabricante, o que raramente acontece.
Outro ponto são as senhas. É altamente recomendável trocar a senha padrão fornecida pelo fabricante do roteador ou provedor de internet porque os criminosos são especialistas em descobrir estas senhas, diz Berghoff. Depois é necessário que o usuário também faça a troca de suas senhas regularmente.
Habilitar apenas dispositivos conhecidos é outro alerta feito pelo especialista. O usuário deve configurar o roteador para que ele aceite apenas conexões de dispositivos conhecidos: computadores e dispositivos móveis que fazem parte da sua rede doméstica e da pequena empresa. “Com isso, impede-se que estranhos façam uso da sua rede Wi-Fi.”