Evento foi ministrado por Marcelo Gauto, Técnico de Operações da Petrobras!
Nesta palestra, participaram alunos e professores da UFV e da UNIVIÇOSA!
No dia 05 de maio de 2021, às 14 horas, os alunos do sétimo e nono períodos de Engenharia Química da UNIVIÇOSA participaram da palestra “Perspectivas do segmento de refino de petróleo no Brasil”, a convite da professora Deusanilde de Jesus Silva, da Universidade Federal de Viçosa (UFV). Também estiveram presentes os professores da UNIVIÇOSA, Fernanda Raquel Carvalho, Mateus Tomaz Neves e Manoela Maciel dos Santos Dias e os alunos do oitavo período da Engenharia Química da UFV.
A palestra foi ministrada por Marcelo Gauto, que é Técnico de Operações da Petrobras, doutorando em bioenergia, químico industrial, educador e autor de artigos e livros técnicos na área de petróleo, gás e energia.
Inicialmente foi apresentado um histórico das refinarias no Brasil: a primeira refinaria foi construída em 1937, pelo grupo Ipiranga, no Rio Grande do Sul. A Petrobras foi criada em 1953 e, então, a dimensão e visibilidade das refinarias ganharam maiores proporções. Entretanto, um grande gargalo surgiu porque as refinarias privadas, criadas antes da Petrobras, poderiam continuar atuando, mas não poderiam ser ampliadas, portanto, para que elas aumentassem a sua produção, deviam ser adquiridas pela Petrobras.
De acordo com os dados do setor, atualmente, o Brasil apresenta 17 refinarias instaladas, com capacidade de cerca de 2.285.000 barris por dia, estando em 8° lugar no ranking mundial de refino. 90% do petróleo refinado no Brasil tem origem nacional.
Dentre as perspectivas do refino de petróleo no Brasil, pode-se citar a venda das refinarias, de forma a aumentar a atuação privada e reduzir o domínio estatal. Outra perspectiva está relacionada aos preços de paridade, de forma que o preço do mercado interno deve se equiparar ao preço de mercado internacional. Espera-se também a construção de novas pequenas refinarias, com a criação de muitos empregos na área.
O avanço dos biocombustíveis também foi levantado pelo palestrante como uma perspectiva, sendo o Brasil o único país a ter mais da metade do consumo de combustíveis para veículos leves proveniente de etanol. Portanto, diante deste cenário, espera-se um excedente mundial de petróleo, com consequente estabilização do refino no mundo.
Os dados recentes apresentados e a experiência do palestrante na área foram fundamentais para enriquecer os conhecimentos de todos os presentes sobre o tema abordado e para visualizar as perspectivas do refino do petróleo no Brasil.