Alunos dos cursos de Administração e Ciências Contábeis da Univiçosa visitaram alguns dos locais mais importantes da cidade do Ciclo Econômico do Ouro brasileiro.
Alunos durante a visita
No dia 16 de março, alunos de Administração e Ciências Contábeis da Univiçosa realizaram visita técnica ao município de Ouro Preto – MG, sob supervisão do Professor Marcos Spínola Nazareth. A atividade faz parte da disciplina de Economia Brasileira.
A visita à cidade se deve pela sua destacada importância no Ciclo do Ouro brasileiro que, dado as suas características peculiares (salientadas in loco durante a visitação), alterou substancialmente o eixo econômico de desenvolvimento do Brasil naquele momento da história. Sob qualquer aspecto considerado, era a cidade mais importante do país naquele período e, além disso, a mais populosa da América Latina no seu auge.
Nesse sentido, realizaram-se ao todo 5 (cinco) visitas a locais pré-determinados da cidade: a antiga Mina de Ouro Du Veloso; o Museu Casa da Moeda; o Museus dos Inconfidentes, a Praça Tiradentes e a Igreja de São Francisco. Cada um desses pontos cumpriu um propósito no contexto geral da visita técnica.
A visitação da Mina de Ouro se deu pelo fato de ser ela a base da atividade econômica originadora e promotora de tudo mais que se desenrolou em torno. E ainda, nesse local, destacaram-se também as técnicas conhecidas da época para a gestão de toda “cadeia” de produção do ouro, começando pela escolha criteriosa, nos primeiros anos de exploração, de negros africanos que dominavam a técnica da mineração nos seus países de origem, até as consequências não previstas, mas de relevância mundial, como o financiamento da Revolução Industrial Inglesa.
A antiga Casa da Moeda foi visitada pela sua importância em termos do papel do governo nas atividades de coleta e fiscalização dos impostos e as consequências no sistema e na sociedade advindos disso (inclusive o movimento dos inconfidentes). Já o Museu dos Inconfidentes e a Praça Tiradentes como símbolo dos desdobramentos políticos e sociais que uma atividade econômica pode acarretar. E, por fim, a Igreja de São Francisco como representativa dos efeitos religiosos e culturais visíveis geradores de novas oportunidades e atividades de negócios que sempre ocorrem nesses ciclos econômicos como subprodutos do desenvolvimento.
Para o Prof. Marcos, naturalmente que a circulação na cidade pelos alunos, especialmente nos trajetos entre cada local de visitação, também serviu de observação de maneira ampla dos impactos indiretos do desenvolvimento econômico na vida urbana e arquitetônica da cidade de acordo com as preferências e cultura daquela sociedade que, no final das contas, todo administrador e gestor em qualquer época precisa levar em consideração na sua tomada de decisões.
Fica evidente a importância da realização de visitas técnicas e a contribuição destas experiências no processo de formação profissional dos futuros administradores e contadores, permitindo-os desenvolver novas habilidades de visão crítica e sistêmica, como afirma a Gestora Daiane Freitas do Curso de Administração.