As famílias de coronavírus que acometem cães e gatos são diferentes das famílias que acometem seres humanos
Não é a primeira vez que a população humana se depara com uma doença viral pouco conhecida. Entre os anos de 2002 e 2003 tivemos a epidemia do SARS- COV (Síndrome Respiratória Severa Aguda), em 2009 a pandemia da Influenza H1N1, em 2012 o MERS-COV (Síndrome Respiratória do Oriente Médio), já entre 2014 e 2016, houve o surto de Ebola no Oeste da África. Agora, em 2019/2020 estamos vivendo a pandemia da COVID-19.
A COVID-19 é uma doença emergente causada por um vírus RNA (nCOV). Existem várias famílias de coronavírus que podem causar doenças em seres humanos e animais, como cães, gatos, suínos, cobras, camelos e morcegos. Em humanos, as famílias de COVs são responsáveis por doenças que acometem o Sistema Respiratório.
Estudos recentes realizados por órgãos governamentais da saúde, descrevem a semelhança entre o nCOV e os coronavírus encontrados em morcegos e animais silvestres. A partir daí, surge a investigação sobre o potencial zoonótico na transmissão do primeiro caso da doença. Devido a essa importante questão, muitos tutores questionam se seus animais domésticos, principalmente cães e gatos podem ser considerados como portadores ou transmissores da doença COVID-19.
Acontece que as famílias de coronavírus que acometem cães e gatos são diferentes das famílias que acometem seres humanos. Na Medicina Veterinária já existem vacinas contra a coronavirose em animais, mas como não são os mesmos agentes etiológicos, essas vacinas são ineficazes para seres humanos.
Enquanto os pesquisadores estudam aspectos microbiológicos e tecnológicos, como o desenvolvimento de uma vacina eficaz contra o nCOV e testa medicamentos antivirais, o que podemos e devemos fazer é o distanciamento social. Como o ser humano é altamente sociável, nesse momento nossos animais de estimação se tornam, às vezes, nossos únicos companheiros no enfrentamento à crise, já que se foi comprovado que intervenções integrativas são efetivas na diminuição do surto.