Adriana Jane Franco, professora do Curso de Farmácia
Estamos nos aproximando do período de frio e com ele as temidas “doenças de inverno” passam a ser importantes problemas de saúde para a população. Nessa estação, vários fatores contribuem para o desenvolvimento de moléstias. Com a baixa umidade o ar fica mais frio e as pessoas tendem a se aglomerarem em ambientes fechados com ventilação reduzida, favorecendo a proliferação de algumas doenças respiratórias. Além disso, a grande maioria das pessoas não tem o hábito de higienizar as roupas de frio que estão guardadas há um ano e que acumularam poeira e ácaros.
As doenças respiratórias acometem as vias aéreas superiores (nariz), a garganta, ouvidos e pulmões. As mais frequentes são: rinite alérgica, asma, sinusite, bronquite crônica e enfisema.
É muito importante estar atento a sinais, como secreções amareladas ou espessas, casos de febre alta, dor forte na cabeça e no peito e dificuldade para respirar. Nestes casos é recomendável procurar o médico para avaliação da gravidade e prescrição de medicação adequada. Muitos casos, se tratados de maneira correta, evoluem sem riscos de maior gravidade do quadro.
Algumas atitudes podem prevenir estas doenças, como manter os ambientes sempre bem ventilados; as mãos limpas (higienizadas) com frequência; a ingestão de líquidos, recomendação clássica; evitar contato com pessoas doentes, principalmente no caso das crianças; promover a limpeza do ambiente doméstico; e sempre proceder à limpeza das roupas, cobertores, entre outras peças que serão utilizadas neste período.
Existem vários medicamentos intitulados como antigripais, mas eles apenas são eficazes em casos menos graves, tendo como principal função reduzir o mal estar resultado das enfermidades, como dor pelo corpo, nariz entupido, dor de cabeça leve, entre outros. Neste caso é recomendável orientação do farmacêutico para obter informações mais precisas sobre o modo de usar, interações com outras substâncias e possíveis efeitos adversos.
Quando não há evolução positiva do quadro, mesmo com os devidos cuidados, é importante procurar assistência médica especializada.