Adriane Jane Franco: Farmacêutica, Especialista em Farmacotécnica Homeopática. Professora do curso de Farmácia da Univiçosa
O HIV continua preocupando as autoridades sanitárias, pois estima-se que 39 mil novos casos ocorrem por ano e que a propagação entre jovens tornou-se um alerta. O Ministério da Saúde estima que 143 mil brasileiros são portadores do vírus, mas desconhecem esse fato.
A população deve sempre se lembrar de cuidados a serem observados como o uso de preservativos ou camisinha (feminino e masculino), que ainda é o mais eficaz contra a infecção. Não compartilhar materiais que possam ter entrado em contato com sangue, como alicate de unha, agulhas, lâminas de depilação. A transfusão de sangue também deve ser avaliada, e ainda existe o risco de contágio do feto na gravidez.
Pensando em uma forma de ampliar os cuidados da população e o conhecimento das pessoas, no final do ano de 2015, o Ministério da Saúde aprovou a venda em farmácias de autotestes para triagem do vírus HIV. Qualquer pessoa poderá fazer uso do autoteste em sua própria casa. Desta forma, espera-se que este torne mais uma forma de controle e diagnóstico da doença, possibilitando uma melhor qualidade de vida aos portadores do vírus.
O autoteste, assim como em países desenvolvidos, poderá ser comercializado em farmácias, drogarias, postos de medicamentos, além de ser disponibilizados pelos serviços de saúde e programas de saúde pública.
Os produtores devem atender a exigência em relação às informações importantes, como a janela imunológica (tempo entre a infecção e a produção de anticorpos) e a conduta na realização do teste. Por se tratar de um teste de triagem, e caso o indivíduo tenha se exposto ao risco de contágio, seja o resultado positivo ou negativo, deverá ser confirmado por um serviço de saúde especializado.
Todas as alternativas no combate à proliferação da AIDS são importantes e o autoteste passa a ser uma alternativa para a população nesse sentido.