Enfermeira Carla Alcon Tranin: Especialista em Saúde Pública. Professora do Curso de Enfermagem da Univiçosa
O Ministério da Saúde está em alerta sobre o aparecimento de casos da febre Chikungunya no Brasil, principalmente porque o vírus é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite o vírus da dengue. A preocupação tem dois motivos: o fato de ser uma doença nunca antes diagnosticada em território nacional; e o grande número de criadouros do mosquito no País.
Os casos diagnosticados foram, a princípio, adquiridos em outros países, mas a confirmação de pacientes infectados dentro do território nacional acende um sinal de alerta.
O vírus da febre de Chikungunya causa sintomas parecidos com a dengue: febre, dor de cabeça e dores no corpo. A diferença são as dores nas articulações, mais fortes do que no quadro de dengue.
O período de incubação da doença é de 2 a 10 dias com média de 5 dias. Já o período de viremia, quando o vírus está circulando na corrente sanguínea, entre 1 dia antes do surgimento dos primeiros sintomas até o quinto dia da doença. Nem todos os indivíduos infectados pelo vírus desenvolvem os sintomas. A febre Chikungunya pode se manifestar em 3 formas clínicas: aguda, subaguda e crônica (que pode perdurar por 6 meses a 1 ano).
As precauções para eliminar o vírus são as mesmas em relação ao combate à dengue: manter a caixa d’água sempre coberta, não deixar água parada em recipientes vazios, encher os pratinhos de plantas com areia, verificar entulhos em lotes abandonados para que não se acumule água e tantas outras medidas simples e eficazes para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypt.