Avaliação diferente das provas convencionais
“É uma atividade essencial para melhorar a capacidade comunicativa do futuro Médico Veterinário”. A afirmação é da Gestora do Curso de Medicina Veterinária da Univiçosa, Alessandra Arreguy, sobre a mostra de “banners” realizada nesta quinta-feira (14), pela manhã, no hall do primeiro piso do Pavilhão A da Faculdade. A mostra é uma iniciativa do Professor André Lang, como atividade da disciplina “Patologia Cirúrgica de Grandes Animais”. Os alunos apresentaram relatos de casos atendidos no Hospital da Univiçosa em aulas práticas de diversas turmas. “Isto permite uma troca de experiências fundamental para a boa formação dos nossos alunos”, diz André Lang.
Os grupos mostraram seus trabalhos aos colegas e ao professor, defenderam as abordagens feitas e responderam sobre os procedimentos cirúrgicos realizados.
O Professor Lang explica ainda que essa troca de experiências com outros grupos de aulas práticas aumenta a experiência dos alunos: “Eles fazem trabalhos sobre aulas das quais eles não participaram, uma experiência interessante para aprimorar esse modelo de comunicação científica. É o terceiro ano que realizamos esse tipo de avaliação, saindo daquela forma tradicional de prova: os alunos têm de realizar esses pôsteres e apresentar para o Professor. Eu faço algumas arguições, e eles justificam a importância do trabalho”.
Isabela de Paula Valeriano, acadêmica do quinto período, veio de Caratinga (MG) para estudar na Univiçosa. Na mostra desta quinta-feira, Isabela defendeu o trabalho “Parafimose Associada com Orquite em Equino”, realizado pelo grupo formado por ela e por Luciana Dascani, Carolina Sofia, Paulo Vítor e Diego Pimentel. A aluna ressalta o valor da troca de experiências: “Isso é muito importante porque essa troca de informações sobre relatos de atendimentos estudados em outras aulas faz a gente aprender mais sobre os atendimentos do Hospital Veterinário da Univiçosa. Nosso trabalho foi elogiado pelo Professor e vai para um evento científico na UFV [Universidade Federal de Viçosa].”
“Esse tipo de atividade treina o aluno para sua vida profissional, principalmente aqueles que querem seguir carreira acadêmica. E mesmo quem não vai seguir carreira acadêmica se beneficia porque, a cada atendimento no campo, eles têm de explicar para o proprietário qual é o problema do animal, dar o diagnóstico e explicar o tratamento correto. Eles precisam ser desenvoltos para se comunicar, e essa desenvoltura eles conquistam aqui, porque até os mais tímidos têm de participar”, comenta Alessandra Arreguy.