Hipertensão arterial

Hipertensão arterial
Publicado em 09 de setembro de 2014

Níveis de pressão arterial devem ser monitorados regularmente (Foto: PhotoXPress)

Elenice Dias: Enfermeira, Especialista em Terapia Intensiva de Adultos e em Saúde do Trabalhador. Professora do Curso de Enfermagem da Univiçosa

O coração bombeia o sangue para os demais órgãos do corpo por meio de tubos chamados artérias. Quando o sangue é bombeado, ele é “empurrado” contra a parede dos vasos sanguíneos, e isto gera uma pressão, a pressão arterial.

A hipertensão arterial ou “pressão alta” é a elevação da pressão arterial para números acima dos valores considerados normais. Esta elevação anormal pode causar lesões em diferentes órgãos do corpo como o cérebro, coração, rins e olhos.

A pressão arterial varia ao longo do dia de acordo com o nível de atividades desenvolvidas pela pessoa. A pressão sofre uma elevação quando se pratica exercícios físicos ou mesmo quando a pessoa se excita emocionalmente. Quando a pessoa se encontra relaxada ou mesmo no estado de dormência, a pressão arterial diminui.

Até mesmo a postura — sentado ou de pé, é capaz de influenciar a pressão arterial. Esse é o motivo pelo qual se deve aferir várias vezes a pressão arterial para afirmarmos corretamente o diagnóstico de hipertensão arterial.

Quando a pressão arterial é medida, dois números são anotados: 120/80 mmhg. O maior número corresponde à pressão arterial sistólica e é a pressão do sangue nos vasos quando o coração se contrai para impulsionar o sangue para o resto do corpo. O menor número corresponde à pressão diastólica, a pressão do sangue nos vasos quando o coração encontra-se na fase de relaxamento (diástole). A alternância 12 por 8 representa o ciclo de contração e relaxamento do coração.

Sintomas

Os sintomas de pessoas hipertensas são extremamente variados e, frequentemente, a doença é silenciosa. Quando presentes, as queixas mais comuns são dores de cabeça (principalmente na nuca), tonturas, zumbidos no ouvido e sangramento nasal.

Tratamento não-medicamentoso

  • Controle de peso: o tratamento dietoterápico de hipertensos com excesso de peso envolve a restrição de ingestão calórica e aumento de atividade física. O objetivo é alcançar a circunferência da cintura inferior a 102 cm para homens e 88 cm para mulheres, embora a diminuição de 5% a 10% do peso corporal inicial já seja suficiente para reduzir a pressão arterial.
  • Padrão alimentar: padrão alimentar é o perfil do consumo de alimentos pelo indivíduo ao longo de um determinado período de tempo. Os alimentos “de risco”, ricos em sódio e gorduras saturadas, por exemplo, devem ser evitados, ao passo que os “de proteção”, ricos em fibras e potássio, são permitidos.
  • Suplementação de potássio: promove redução modesta da pressão arterial. A ingestão na dieta pode ser aumentada pela escolha de alimentos pobres em sódio e ricos em potássio (feijões, ervilha, vegetais de cor verde-escuro, banana, melão, cenoura, beterraba, frutas secas, tomate, batata inglesa e laranja).
  • Redução do consumo de sal: evidências que mostram benefícios na restrição do consumo de sal.
  • Exercício físico: a prática regular de exercícios físicos é recomendada para todos os hipertensos, inclusive aqueles sob tratamento medicamentoso.

Por fim, são recomendados o abandono do tabagismo e a moderação no consumo de bebidas alcoólicas.

Prevenção primária, o melhor remédio

A hipertensão arterial, principal fator de risco de morte entre as doenças não-transmissíveis, mostra relação direta e positiva com o risco cardiovascular. Entretanto, apesar dos progressos na prevenção, no diagnóstico, no tratamento e no controle, ainda é importante problema de Saúde Pública. Em caso de dúvidas, procure um profissional enfermeiro para orientações e acompanhamento.


Fonte: https://academico.univicosa.com.br/uninoticias/acervo/dcff2fb0-e733-433e-bc48-08b72efdbdbb