Neste sábado (28), a professora Emanuelle Figueiredo (foto), do Curso de Psicologia da Univiçosa, concedeu entrevista à radialista Sônia Teixeira na Rádio Montanhesa, falando sobre a solidão. O objetivo foi chamar atenção para a dificuldade enfrentada pelas pessoas com o estar só e desmistificar a ideia que temos da solidão como algo sempre negativo.
Emanuelle Figueiredo levantou questionamentos sobre o tema: A solidão é doença? Por que as pessoas têm se sentido cada vez mais sozinhas, mesmo imersas em uma atividade social intensa? Não seria a solidão um sentimento propício à criação? Qual a relação entre abandono e solidão? Qual a importância dos grupos, do coletivo na vida do indivíduo?
Em relação à atuação da Psicologia, o trabalho é a compreensão do modo de subjetivação dos sujeitos. Apesar da banalidade do assunto, a partir da prática clínica percebe-se que a solidão, mesmo sendo um sentimento que sempre fez parte da nossa existência – um dos primeiros usos a serem gravados da palavra "solitário" está na tragédia Coriolanus, Ato IV Cena 1, de William Shakespeare, escrita em 1608 – atualmente tem sido vivenciado como patológico. Tal aspecto reflete o modo como as pessoas o têm experimentado que demonstra ser uma característica da contemporaneidade.