Artur Gosling (Adaptado por Celber Limonge, Gestor do Curso de Fisioterapia da Univiçosa/ESUV)
Quando os estímulos de dor são persistentes e incomodativos ao paciente, ou seja, limitam os movimentos, impossibilitam ou dificultam suas atividades de vida diária, podem deixar os nervos e medula sensíveis, a ponto de ficarem menos tolerantes. Isso possibilita que um estímulo cada vez menos intenso, provoque mais dor.
Da mesma forma, a persistência da dor pode deixar o cérebro em estado de alerta, como se tudo fosse interpretado e desse significado a essa sensação desagradável. Além de preparar o corpo para reagir imediatamente ao estímulo, o resultado disso provoca a impressão iminente de dor ou aumento dela durante todo o tempo.
Quanto mais passamos por esse processo sensorial, mais dor aprendemos a sentir, pois, os neurônios possuem também a capacidade de memorizar a dor. Consequentemente, pacientes que sofrem de dor crônica memorizam a sensação dolorosa com mais rapidez.