Mercado de trabalho enfermagem “offshore” é área promissora

Mercado de trabalho enfermagem “offshore” é área promissora
Publicado em 27 de fevereiro de 2014

Navio petroleiro está entre os locais de trabalho (Foto: PhotoXPress)

Alessandra Santos de Paula. Enfermeira. Especialista em UTI, Administração Hospitalar e Negócios da saúde; MBA em Gestão de Negócios; Mestre em Enfermagem. Professora de Graduação e Pós-Graduação na UNIVIÇOSA

A enfermagem “offshore” não é muito conhecida na área, mas, nos últimos 2 anos, vem se destacando pelo aumento na contratação de profissionais de enfermagem devido a investimentos destinados a exploração de petróleo nas plataformas em alto mar.

Segundo a Associação Brasileira de Enfermagem Offshore (Abenof), o termo é a tradução do inglês “offshore nursing”: profissionais de Enfermagem — técnicos e enfermeiros — que trabalham em alto mar, especialmente em áreas de exploração e produção de petróleo e gás natural. As atividades desenvolvidas são voltadas para os trabalhadores a bordo de plataformas, navios petroleiros e de cruzeiro.

A enfermagem offshore foi reconhecida pelo Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) como Especialidade da Enfermagem, por meio da Resolução 389, de 18 de outubro de 2011, passando a ser a 44 especialidade reconhecida na profissão.

No Brasil, de acordo com a Abenof, existem apenas 1040 profissionais de Enfermagem no segmento: 63,5% trabalham diretamente nas plataformas, navios rebocados e petroleiros e em outras unidades offshore; e 26,5% em bases de apoio, com a tarefa de dar suporte e supervisionar as atividades que estão sendo realizadas.

Até 2020, com o possível crescimento da atividade offshore, devido à exploração do pré-sal, o número de profissionais de enfermagem especializados no setor deve dobrar.

Atualmente, diretrizes de ensino de pós-graduação estão sendo traçadas para esta área, bem como a realização de provas de títulos. Então, o que necessário para ser um enfermeiro offshore? As empresas que contratam esses profissionais exigem, mesmo sem ser obrigatória por lei, especialização em enfermagem do trabalho ou enfermagem em emergências. Além disso, muito profissionais possuem formação marítima, experiência em alta complexidade e/ou emergência.

Para a Marinha do Brasil, só existe a obrigatoriedade da realização do curso CEFAQ II/III (curso de Formação de Aquaviários) ministrado por ela mesma. Porém, a própria Marinha já flexibilizou o embarque para algumas plataformas até sem esse curso.

A escala de trabalho dos enfermeiros offshore é de turnos de 12 horas de trabalho diário em dois distintos tipos de escalas e/ou regime de revezamento de embarque: Escala 14x14 (14 dias embarcado e 14 dias de folga) e Escala 14x21 (14 dias embarcado e 21 dias de folga). Existem, também, aqueles que, pela característica do tipo de atividade e embarcação, permanecem mais dias embarcados: navios e longas viagens, por exemplo.

Contudo, a área da Enfermagem acompanha o desenvolvimento cientifico e tecnológico da saúde, com o surgimento de novas áreas de atuação para o enfermeiro.


Fonte: https://academico.univicosa.com.br/uninoticias/acervo/d3ba63a3-d8ee-4bd7-a3b9-0b09b18016d4