*Ricardo Antônio Zatti, Farmacêutico, Mestre em Ciências Farmacêuticas: Gestor do Curso de Farmácia da Univiçosa/Esuv
A dermatite de contato é um dano irritativo da pele causado pelo contato com um agente agressor que inicia uma reação inflamatória. Pode ser desencadeada por uma irritação primária que danifica o tecido cutâneo já no primeiro contato, ocasionando reações como bolhas e ulcerações com aspecto parecido ao de uma queimadura, ou, na forma mais comum, por contatos repetidos e prolongados.
A dermatite é uma doença frequente principalmente em crianças. Recém-nascidos por exemplo, podem apresentar dermatite de fraldas em função do contato prolongado da pele com urina e fezes. É comum também em adultos com hipersensibilidade, se manifestando após contato com sabões, detergentes e bijuterias.
Em idosos este tipo afecção da pele não é muito comum, porém pode ser mais grave que em outras faixas etárias. Na terceira idade, a imunidade celular destes indivíduos diminui e, por outro lado, esses pacientes tiveram, ao longo da vida, maior tempo de exposição a várias substâncias potencialmente causadoras de dermatites e alergias.
Inúmeras variáveis estão envolvidas na hipersensibilização da pele de idosos. Além de alterações em células imunológicas, os idosos apresentam redução da barreira protetora da pele (extrato córneo), favorecendo a penetração de substâncias irritantes e sensibilizantes agravando as reações e intensificando o processo inflamatório.
Algumas formulações magistrais aliviam e reduzem os sintomas de dermatites em idosos. Loções calmantes e com ação reconstrutiva da pele controlam os sintomas da dermatite (inflamação, eritema e coceira). Além de hidratar a pele e promover a recomposição da barreira cutânea.