Substância contida na maconha é proibida no Brasil (Foto: Stock Photos)
Adriane Jane Franco: Farmacêutica, Especialista em Farmacotécnica Homeopática. Professora do curso de Farmácia da Univiçosa
Canabidiol é uma das substâncias mais abundantes de uma planta que gera grandes discussões em meio à sociedade, a maconha. O Canabidiol é reconhecidamente utilizado para o tratamento de diversas doenças, inclusive neurológicas. As indicações de uso englobam crises epiléticas, esclerose múltipa, câncer e dores associadas a doenças que afetam o Sistema Nervoso Central.
Estudos realizados pela Universidade de São Paulo (USP) apontam a substância apresenta ação ansiolítica, sendo efetiva em casos como a fobia social. Pacientes com esse Transtorno Ansioso Social apresentam medo, tensão nervosa, desconforto, dentre outros sintomas, quando esta sob exposição social.
Apesar dos seus efeitos benéficos reconhecidos e do fato de o medicamento já ser produzido nos Estados Unidos, no Brasil ainda segue como uma substância proscrita e, para adquirir o medicamento, nos casos em que há indicação do uso, devem ser realizados através de processos de autorização de importação via Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Por que não usar
Há de se ressaltar que o uso recreacional da maconha não se justifica, pois sabidamente ela provoca efeitos deletérios ao organismo, como problemas respiratórios, perda da memória de curto prazo, prejuízo do desempenho em atividades que exigem concentração e o uso contínuo pode despertar ou agravar doenças psíquicas.
Substâncias são capazes de trazer benefícios ou causar danos ao organismo, o que irá influenciar esse efeito é a sensibilidade do indivíduo, além das condições de vida e o grau de exposição. No curso de Farmácia, a área voltada para a análise das substâncias em relação aos eventos nocivos ao organismo é a toxicologia.