Eliangela Saraiva Oliveira Pinto. Enfermeira, Mestre em Estatística Aplicada e Biometria. Professora do curso de Enfermagem da Univiçosa.
O transplante de medula óssea foi incluído na lista de procedimentos coberto pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e é considerado o único tratamento capaz de curar a anemia falciforme, doença hereditária caracterizada pela alteração dos glóbulos vermelhos do sangue, que têm sua membrana alterada e rompem-se mais facilmente causando anemia.
A técnica consiste em destruir com o uso de drogas quimioterápicas a medula óssea do paciente, que produz células sanguíneas defeituosas. Em seguida, são infundidas células-tronco da medula de um doador compatível para que seja criada uma nova fábrica de células sanguíneas sadias.
O procedimento representa uma opção mais barata para a rede pública do que o tratamento das complicações da doença ao longo da vida dos pacientes.
Os tratamentos até então disponíveis no Brasil visavam somente amenizar os sintomas e o transplante de medula óssea é o único método curativo.
No Brasil nascem aproximadamente 3.500 crianças por ano portadoras de anemia falciforme, a doença se manifesta nos seis meses de vida da criança e a principal forma de diagnosticá-la é por meio do “Teste do Pezinho”.