Quatro médicos veterinários e 24 acadêmicos de Medicina Veterinária da Univiçosa participaram do Primeiro Mutirão de Castração, nesta sábado (23). O mutirão aconteceu no Hospital Veterinário das 8h às 13h30 e contou também com a participação de colaboradores dos serviços de recepção, esterilização, farmácia, administração e limpeza. Foram castrados 19 animais: 13 gatos e 6 cadelas, todos resgatados nas ruas da cidade pela SOVIPA: Sociedade Viçosense de Proteção aos Animais.
De acordo com a Gestora do Curso, Alessandra Arreguy, “não tem como descrever a satisfação do trabalho realizado junto à comunidade. Os proprietários muito carentes nunca teriam condições de pagar uma cirurgia”. Para viabilizar o mutirão, a SOVIPA doou os anestésicos; já o Hospital Veterinário da Univiçosa cedeu espaço físico, material permanente e alguns itens de consumo, como agulhas e seringas. Segundo as professoras responsáveis pelo projeto, o procedimento é feito com muito critério, da mesma forma que em uma clínica particular, com todos os materiais esterilizados e principalmente, muito carinho e respeito com os animais.
“Com o grande número de animais nas ruas, tem aumentado também o número de politraumatizados que chegam ao Hospital Veterinário para atendimento de emergência. Portanto, precisamos da doação de todo tipo de material e medicamentos para o projeto.
Apesar de a cirurgia ser gratuita, moradores relatam dificuldades no transporte dos animais até a Univiçosa é complicado para quem não tem automóvel – nos ônibus é proibida a entrada de animais. Júlio Custódio de Lana e sua filha Juliana Lana levaram duas cadelas para castração e agradeceram: Esta é uma ótima iniciativa da Univiçosa junto à comunidade, e não pode parar. Temos muito a agradecer”, disse Julio.
A estimativa é de que, em Viçosa, existam 12 mil cães e gatos, muitos deles vivendo nas ruas ou semidomiciliados. “A cirurgia é a única forma de resolvermos o problema da superpopulação de cães e o consequente abandono. Por isso, precisamos constantemente de iniciativas como esta da Univiçosa, o que depende do apoio da comunidade”, explica Alessandra Arreguy.