Jaqueline Carrara Folly Valente, Enfermeira Obstetra, Especialista em “Ginecologia e Obstetrícia”: Professora do Curso de Enfermagem da Univiçosa/Esuv
Podemos definir como hipertensão na gravidez o aumento da pressão sanguínea diagnosticado durante a gestação em mulheres que nunca haviam antes demonstrado o problema, podendo apresentar-se de duas formas: pré-eclâmpsia e eclâmpsia. Porém, não existe uma causa específica que leve a mulher a desenvolver essa síndrome. Há o consenso de que o problema é resultado da má adaptação do organismo materno à gravidez. Temos como agravante a combinação entre muito sal na dieta, sedentarismo e maus hábitos em geral, o que pode deflagrar a hipertensão gestacional, comprometendo a saúde e a vida da gestante e do bebê.
A hipertensão gestacional atinge cerca de 14% das mulheres que engravidam tardiamente, na sua maioria mulheres que trabalham muito e esperam a estabilidade para engravidar. Sua maior incidência é na primeira gestação ou em gestações múltiplas.
Os principais sintomas são: pressão sanguínea elevada, dores de cabeça e abdominal, escotoma cintilante (visão com pontos brilhantes) e edema generalizado surgindo a partir da vigésima semana de gravidez. Mulheres grávidas têm na hipertensão arterial seu mais grave e frequente complicador. Este é um dos fatores que torna imperativo o acompanhamento multiprofissional minucioso da gestação, desde seu início, para evitar possíveis complicações, pois as síndromes hipertensivas estão entre as principais causas de mortalidade materna.
É necessário ter atenção à dieta e ao ganho de peso, onde se indica a alimentação rica em ácido fólico e pobre em sal — se for preciso, há orientação para uso de anti-hipertensivo, com o objetivo para levar a gestação da forma mais segura possível até o parto.