Professor André Lang
Professor André Lang [Curso de Medicina Veterinária: disciplinas nas áreas de clínica, cirurgia e produção de equinos]
Uma notícia ganhou destaque na mídia ontem (25): foi anunciado o primeiro clone equino do Brasil. Trata-se do clone de Turbante JO, garanhão Mangalarga recordista do “Guiness Book” como o cavalo que produziu maior número de descendentes no mundo (1.678) em uma época em que a inseminação artificial e a transferência de embriões eram técnicas caras e raramente utilizadas.
Após a morte de TurbanteJO, em 1998, seu material genético foi preservado e a intenção de clonagem foi anunciada pelo seu proprietário, José Oswaldo Junqueira. Agora a empresa In Vitro Brasil, de Mogi Mirim (SP), apresenta Turbantinho, nascido no último dia 15.
O primeiro clone equino no mundo é uma égua da raça Haflinger nascida em 2003, Prometea, que já gerou descendentes, sendo Pégaso seu primeiro potro, nascido em 2008 em Carmona na Itália.
Pesquisadores da Universidade de Idaho (Estados Unidos), estimam em mais de 50 os clones equinos no mundo e destacam a baixa eficiência da técnica com sucesso de 3% a 4% e que, apesar de não apresentarem alterações orgânicas e “síndrome do bezerro gigante”, como visto em bovinos, os clones neonatos podem apresentar fraqueza nos primeiros dias de vida, principalmente em função de características placentárias.
A clonagem de equinos apresenta um avanço enorme na preservação e utilização de genes de grandes campeões que são impossibilitados de se reproduzir ou já morreram, e deve ser oficializada com registro dentro das diferentes associações de criadores para acompanharem esta grande evolução técnica, assim com a FEI (Federação Equestre Internacional) anunciou recentemente que clones equinos estão permitidos em competições internacionais.