Revista Brasileira de Plantas Medicinais publica trabalho de pesquisa do grupo Fitofármacos

Revista Brasileira de Plantas Medicinais publica trabalho de pesquisa do grupo Fitofármacos
Publicado em 29 de abril de 2013

Camilo Amaro: "participar de pesquisas enriquece currículo dos alunos".


A Revista Brasileira de Plantas Medicinais — RBPM (ISSN 1516-0572, versão impressa; ISSN 1983-084X versão on-line) da UNESP (Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho”), Campus Botucatu (SP), publicou o trabalho “Atividade antibacteriana in vitro de quatro espécies vegetais em diferentes graduações alcoólicas”, conduzido pelo Professor Camilo Amaro de Carvalho (Doutor em Biologia Celular e Estrutural, Coordenador do grupo de pesquisa Fitofármacos, da Univiçosa/Esuv).

O artigo foi publicado no volume 15, número 1, páginas de 104-111, de 2013.

O trabalho, totalmente realizado nas instalações da Univiçosa/Esuv, envolveu os ex-alunos Gilson S. Miranda Gabriela S. Santana, Bruno B. Machado e Fabiane P. Coelho, do Curso de Farmácia.

O Fitofármacos realizou o trabalho com o objetivo de confirmar a eficácia antibacteriana de algumas plantas utilizadas na medicina popular. “Promover a pesquisa é algo intrigante e estimulante, principalmente quando um retorno pode ser dado à população. O uso de plantas consideradas medicinais tem sido intensificado nos últimos anos e, por isso, há uma enorme necessidade de pesquisadores, sobretudo farmacêuticos, estarem imbuídos neste processo de avaliação/comprovação da verdadeira eficácia/utilização”, comenta Camilo Amaro. “Atrelado à pesquisa, o desenvolvimento dos acadêmicos na condução dos trabalhos laboratoriais permite o crescimento prático/científico de forma incalculável, proporcionando a formação de profissionais aptos a atuarem em várias situações da profissão farmacêutica. Além disso, as publicações elevam o nível dos currículos dos nossos alunos, favorecendo sua inserção no mercado de trabalho”, conclui.

Nesta pesquisa foi realizada a caracterização fitoquímica e avaliada a atividade antibacteriana in vitro dos extratos de Ageratum conyzoides L. (mentrasto), Gossypium hirsutum (algodão), Phyllanthus tenellus (quebra pedra), e Polygonum hydropiperoides (erva de bicho) frente à Staphylococcus aureus e Escherichia coli. Para a avaliação da atividade antibacteriana foi utilizado o método de difusão em ágar. Os testes foram realizados com o extrato nas graduações alcoólicas de 0 a 100% (v/v), na proporção de 20% (m/v - massa/extrator). Os testes fitoquímicos constataram a presença de açucares redutores, compostos fenólicos, flavonoides, taninos, triterpenos, e esteróides nas quatro espécies. O crescimento das culturas de S. aureus foi inibido por todos os extratos, com exceção do extrato de Mentrasto. A maior atividade de inibição foi observada pelo extrato de quebra pedra. Entretanto, nenhum dos extratos foi capaz de inibir o crescimento das cepas de E. coli. Os resultados são promissores, visto que três das quatro plantas selecionadas demonstraram possuir substâncias antibacterianas, o que motiva estudos subsequentes para o isolamento e identificação dos princípios ativos responsáveis por essa atividade, com potencial de uso na indústria farmacêutica.


Fonte: https://academico.univicosa.com.br/uninoticias/acervo/b1b200b4-ff6f-41fd-bdaa-ff78a83da8af