David Rafael Quintão Rosa: Engenheiro Agrícola, Mestre em Engenharia Agrícola. Professor dos cursos de Engenharia Ambiental e Engenharia Química da Univiçosa
A precipitação pluvial, mais conhecida como chuva, é a principal forma pela qual a água evaporada dos oceanos, lagos, superfícies molhadas e perdida na evapotranspiração dos vegetais retorna da atmosfera para a superfície terrestre. Sua importância é notadamente reconhecida quando ela ocorre em excesso, podendo ocasionar prejuízos devido a eventos de enchentes e nos períodos de escassez, quando pode faltar água para os usos dos quais ela é necessária.
Assim, uma pergunta sempre aparece: Como se formam as chuvas? Elas se formam na presença de umidade atmosférica alta, porém este elemento básico não é suficiente para a sua formação, havendo a necessidade de outros requisitos:
- Mecanismos de resfriamento do ar;
- Núcleos higroscópicos;
- Mecanismos de crescimento de gotas.
O ar úmido presente nas camadas inferiores da atmosfera é aquecido e sofre uma ascensão, expandindo e resfriando, até atingir a condição de saturação. Posteriormente, o vapor de água condensa em torno dos núcleos higroscópicos formando gotículas, porém estas ainda não possuem massa suficiente para precipitar. Enquanto não possuírem massa suficiente estas gotas mantém-se em suspensão em forma de nuvens e nevoeiros. Somente quando atingirem tamanho suficiente devido a mecanismos de crescimento de gotas, elas vencem a resistência do ar e se deslocam em direção a superfície.
Caso um dos requisitos citados não ocorra, o processo de formação da chuva não estará completo, inviabilizando assim a sua ocorrência.