Karine de Almeida Paula. Geógrafa. Mestre em Arquitetura e Urbanismo. Professora nos cursos de Engenharia Ambiental e Gestão Ambiental da Univiçosa.
O ano de 2016 começou sob os efeitos do fenômeno El Niño, que tem atuado desde o início de 2015. Neste último evento, o fenômeno foi classificado entre os três mais fortes dos últimos trinta anos. No entanto, o El Niño deve perder força no decorrer do segundo semestre (abril, maio e junho). Isto significa que, a temperatura da água do oceano Pacífico Equatorial irá esfriar gradualmente e deve atingir uma condição de neutralidade até o início do inverno de 2016.
Dessa maneira, acredita-se que durante o inverno teremos um período de transição climática, possivelmente, o frio chegará mais cedo. Como já apontado, para o segundo semestre de 2016, há uma projeção para uma nova fase de águas frias sobre o Oceano Pacífico Equatorial, com um indicativo de episódio de La Niña, fenômeno oposto ao El Niño. Dessa maneira, caso as projeções sejam confirmadas, as águas do Oceano Pacífico devem ficar mais frias do que o normal.
O último La Niña ocorreu entre 2010 e 2011. E para aqueles que consideram pequena a possibilidade de haver uma mudança tão rápida de um fenômeno para o outro, recorda-se que os El Niños de 1982/1983 e de 1997/1998, considerados tão fortes quanto o atual, foram sucedidos por um La Nina no segundo semestre.