Gestora e acadêmica da Univiçosa orientam sobre gastroenterite

Gestora e acadêmica da Univiçosa orientam sobre gastroenterite
Publicado em 23 de agosto de 2010

Gestora e acadêmica da Univiçosa comentam gastroenterite

* Alessandra Santos Paula (1) e Karina Aparecida Rodrigues (2)
 
 
A gastroenterite é uma infecção que atinge o sistema gastrointestinal e normalmente produz vômito e diarréia. É causada por uma infecção bacteriana ou viral. A gastroenterite viral se transmite com facilidade de uma pessoa a outra por contato individual, sem mediação de alimentos nem bebidas. Já na gastroenterite bacteriana, a transmissão se dá principalmente pela ingestão de alimentos e bebidas contaminados. Outra causa possível da gastroenterite pode estar relacionada ao uso de alguns antibióticos, já que atuam sobre a população bacteriana intestinal (flora natural), alterando seu equilíbrio.
 
Para determinar a causa, o médico investiga se a criança foi exposta a uma fonte de infecção – por exemplo, um determinado tipo de alimento, um animal ou uma pessoa doente –, quando iniciaram os sintomas, a intensidade, frequência e características dos vômitos e da diarréia. É importante levar em consideração a idade da criança. Em menos de 24 horas após o início da gastroenterite, os bebês com menos de seis meses de idade podem apresentar desidratação devida à perda excessiva de água e eletrólitos. No entanto, qualquer criança pode apresentar desidratação em 24 horas quando o vômito e a diarréia são intensos e a ingestão de líquido é inadequada. Um bebê desidratado pode apresentar inapetência [falta de apetite], boca seca, febre, baixo débito urinário e perda de peso, além de olhos fundos e encovados e depressão da fontanela [conhecida popularmente como “moleira”, é o espaço ainda não ossificado localizado entre os ossos do crânio do recém-nascido]. Nos bebês maiores e nas crianças menores com excesso de peso, os sintomas podem surgir somente quando a desidratação é crítica, quadro que pode se agravar e evoluir para choque e morte.
 
Tratamento
 
O tratamento consiste na reposição da perda de líquidos e eletrólitos, comumente realizada com soroterapia oral (soro caseiro ou soro industrializado). Se a criança não tolera a reidratação oral ou apresenta graus mais acentuados de desidratação, está indicada a hidratação venosa. Os antibióticos são usados em casos específicos e devem ser indicados pelo médico. Medicamentos antidiarreicos são contraindicados e os vômitos geralmente cessam com a hidratação, não sendo necessário o uso de antieméticos.
 
 
Prevenção
 
Segundo a Pediatra Mirene Peloso, a gastroenterite pode ser prevenida com a adoção das seguintes medidas:
 
  • Adotar bons hábitos de higiene, como a lavagem das mãos antes e após as refeições e ao uso do banheiro;
  • Esterilizar os utensílios utilizados na alimentação do bebê e da criança;
  • Acondicionar corretamente o lixo doméstico e não permitir que a criança tenha contato com ele;
  • Utilizar a água sempre fervida ou filtrada para o consumo e preparo dos alimentos;
  • Higienizar corretamente as frutas, os legumes e as verduras;
  • Oferecer exclusivamente leite materno até os seis meses e, mesmo com a introdução de outros alimentos, manter até dois anos de idade, segundo orientações do Ministério da Saúde.  
  
* Gestora (1) e acadêmica (2) do oitavo período do Curso de Enfermagem da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde, mantida pela Univiçosa


Fonte: https://academico.univicosa.com.br/uninoticias/acervo/a6d3fd1d-2ae0-4aa5-84f9-c8068ffbd82a