Mais de 4 mil alunos e professores participaram do VII SIMPAC, ontem, nas unidades 1 e 2 da Univiçosa. O Simpósio de Produção Acadêmica reuniu quase 100 trabalhos da Univiçosa e de outras instituições, inclusive da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Instituto Federal de Tecnologia (IFET) de Rio Pomba. Todos eles serão publicados na Revista Científica da Instituição.
A abertura foi às 7h30 da manhã, com o Diretor Geral da Univiçosa, Professor Evaldo Zeferino Rodrigues; o Diretor Administrativo-Financeiro, Professor Mateus Mendonça Vieira; e a Coordenadora de Pesquisa da Instituição, Professora Eliene da Silva Martins Viana, anunciados pelo Coordenador Pedagógico e membro do NUPEX (Núcleo de Pesquisa e Extensão), Professor Rogério Pinto.
Na abertura, o Professor Evaldo Zeferino Rodrigues destacou a importância de o aluno se envolver com a pesquisa ainda durante a graduação e disse que isso terá peso decisivo no futuro profissional de cada um. Lembrando indicação do Professor Plínio Eng durante a II Convenção de Professores da Univiçosa, realizada no sábado dia 17, aconselhou os presentes a assistir o filme “Clube do Imperador” (The Emperor's Club, de 2002, drama dirigido por Michael Hoffman) que serve como inspiração para quem ensina, pesquisa, aprende e aplica na vida pessoal e na profissão.
Em seguida começaram as apresentações em pôster e orais, que ocorreram também à noite.
Por volta das 9h30 da manhã os fisioterapeutas Rita de Cássia Almeida e André de Jesus, das primeiras turmas da Univiçosa, foram homenageados. Eles estão na origem do SIMPAC e receberam a comenda do mérito educacional das mãos do Diretor Geral, Professor Evaldo Zeferino Rodrigues, e da Gestora do curso de Fisioterapia, Professora Silvia Helena de Morais. Rita de Cássia lembrou que a ideia surgiu diante da necessidade de envolver os acadêmicos na pesquisa científica. “Eu sentia falta dessa parte de pesquisa, de mostrar que o que eu estava estudando levava muito em conta a ciência. A intenção era que o Simpósio estimulasse isso entre os alunos, começando pequeno, com revisões bibliográficas e que depois tivéssemos laboratórios e outras condições ainda melhores. Penso que a gente deve sempre buscar o respaldo da ciência pra ter mais segurança naquilo que fazemos. Quando eu entendo a fundo o que faço através da ciência a gente consegue aprimorar a aplicação das técnicas”, diz. Por sua vez, André de Jesus disse que voltar à Univiçosa e receber essa homenagem após 5 anos de formado é muito importante porque faz perceber que valeu a pena estimular a criação do SIMPAC. “A pesquisa é muito importante para a construção do conhecimento. Quando você está na graduação e tem oportunidade de pesquisar, isso faz a diferença. Você pode inovar, mesmo sendo graduando. Às vezes a gente pensa que tem de ter Mestrado ou Doutorado, mas ainda na graduação é possível. A Univiçosa dá margem para o aluno buscar conhecimento não só em sala de aula. O SIMPAC é a prova disso; está hoje aqui, um evento grande, que começou com 2 alunos de graduação.”
O aluno de Educação Física da UFV Lucas Caldas participa do VII SIMPAC com o trabalho “Os Efeitos da Prática de Atividade Física nos Parâmetros Biomecânicos da Marcha e na Aptidão Física de Mulheres de Meia Idade” em busca de outras visões de alunos, profissionais e professores acerca do tema. “Isso complementa minha formação acadêmica e profissional. Gostei da organização do SIMPAC, é tudo muito bem estruturado, as correções sugeridas para o meu trabalho foram bem apontadas com aspectos relevantes. A minha perspectiva é muito boa.”
Regilane Aparecida da Silva Santos, aluna do nono período de Fisioterapia, participa com o trabalho “Cefaleia pós Raquianestesia e os Possíveis Fatores Influentes: Revisão de Literatura”, e diz que o SIMPAC é a oportunidade de experimentar e praticar os conhecimentos relacionados à metodologia científica adquiridos durante a graduação. “É uma experiência nova, mesmo estando no nono período. Nas minhas dificuldades encontrei pessoas que me ajudaram, especialmente na correção indicando o que precisava melhorar.” Afirmou ainda que se arrepende por não ter participado antes e que foi tão bom que pretende participar outras vezes.
Um dos avaliadores do II SIMPAC é o Professor David Rafael Quintão Rosa (Engenharia Ambiental e Engenharia Química) considera que cresceu o interesse dos alunos pela pesquisa científica. “Considerando o número de trabalhos no SIMPAC deste ano a gente observa que os alunos se interessam cada vez mais pela pesquisa. Tem muitos trabalhos com temas interessantes, à metodologia foi muito bem feita, os orientadores tiveram um cuidado muito grande em trabalhar com os alunos. Os trabalhos estão muito bons e a metodologia científica foi mais bem explorada do que nas edições anteriores. Estamos evoluindo bastante.”
Houve ainda palestras sobre: Dependência Química (André Alves Daniel), Uninasf (Carla Tranin), Erosão Hídrica (Gisele Silvério Santos e Paloma Marques), Tecnologia da Informação (Patrícia Monnerat), Metodologias Alternativas para Detecção de Bactérias Láticas e Cultra Starter em Salame (Natália Parma), Influência da Suplementação de Ferro e Vitaminas Hemopoieticas no Tempo de Recuperação do Hematócrito de Cães Após a Doação de Sangue.
À tarde aconteceram o II Seminário do Comitê de Ética em Pesquisa (14h) e o I Seminário de Iniciação à Docência (16h). Durante o Seminário do Comitê de Ética em Pesquisa professores e acadêmicos da Univiçosa discutiram a ética nas profissões, ressaltando a importância da pesquisa responsável. No Seminário de Iniciação à Docência os alunos monitores puderam expor e debater a experiência em sala de aula, discutindo a importância da monitoria e da organização dos estudos para o aprendizado, que acontece tanto para o aluno monitor quanto para o que vai a monitoria.
À noite, houve palestras sobre Relações Interpessoais nas Organizações (Mariane Fialho Saraiva) e Processo de Segurança Contra Incêndio e Pânico: Normas Reguladoras de Combate a Incêndio (Marcos Borges), apresentações em pôster e orais , além da Empresa Simulada (20h).
O Coordenador do VII SIMPAC, Professor Rogério Pinto, comemorou o sucesso do evento. "Pra mim que estou aqui desde o início, ver o SIMPAC completar 7 anos é muito gratificante, pela magnitude que foi, pela organização, pelo envolvimento do alunado e dos professores. Já temos a entrada de trabalhos de outras instituições: UFV, UFMG, IFET de Rio Pomba. Isso abrilhantou demais nosso evento; Vários alunos que apresentaram trabalhos estão fazendo pós-graduação, inclusive em nível de Mestrado e Doutorado, e trouxeram parte de suas dissertações ou de suas teses para o nosso evento. Isso mostra que estamos o caminho certo. Cada vez mais temos a certeza de que a ciência e a construção do conhecimento novo em nossa Faaculdade estão se fortalecendo."
A premiação do VII SIMPAC vai ocorrer nos primeiros dias de novembro.
Empresa Simulada fecha programação no VII SIMPAC
A Empresa Simulada faz parte do trabalho de conclusão de curso dos alunos de Administração e Tecnólogos em Gestão de Empresas (Processos Gerenciais). Esse ano foram 4 empresas: Brasilidade Grill, Pastelaria Universitária, Saborear e Bar do Chico. Os alunos foram orientados pelos professores Guilherme Castanheira e Daiane de Freitas. A Feira é parte da disciplina “Empresas Simuladas”, que realiza também rodadas de negócios e estuda o gerenciamento de empresas através de um sistema de gestão simulada.
“No semestre passado tivemos a disciplina ‘Plano de Negócios’ para colocar em prática a nossa empresa e, agora, deparamos com essa realidade. Isso mostra como lidar com o cliente, ter organização dentro da empresa, fazer o controle de caixa, atender bem nossos clientes e alcançar o objetivo que é vender e ser melhor”. diz Mateus Sales Lana (Bar do Chico).
A acadêmica de Enfermagem Milena Flores Silva diz que o momento da Empresa Simulada é de distração antes de começar a semana de provas e uma oportunidade importante para os alunos que estão fazendo a área administrativa. “É uma realidade que eles vão enfrentar lá fora, e já praticam aqui dentro. Assim terão mais experiência e saberão como agir nesses momentos. É muito importante para o crescimento acadêmico das pessoas que realizaram e também para a interação dos alunos que não organizaram, mas que estão contribuindo com eles.”
Márcio Antônio Ribeiro Júnior, acadêmico do curso de Gestão de Empresas (Processos Gerenciais) e um dos organizadores da Pastelaria Universitária, acredita ser uma experiência única. “Um dos grandes medos das pessoas é entrar no mercado de trabalho sem ter vivenciado isso na parte prática. Vários alunos não sabiam a base da formação de uma empresa, desde o processo de abertura até a movimentação e o encerramento. A Empresa Simulada proporciona isso. É uma experiência única.”
Para as alunas Sâmara Aad e Graziele Faria da Silva (Saborear), a Empresa Simulada é muito boa para a formação acadêmica, uma vez que permite planejar e organizar a empresa, além de lidar com os clientes. “Se o negócio não tiver planejamento e organização não vai dar certo. Isso nós buscamos desde o começo, quando estávamos fazendo o planejamento de negócios”, diz Graziele Faria.
Jovelino Márcio, aluno de Administração (Brasilidade Grill), diz que o objetivo inicial era colocar em prática o conhecimento adquirido no curso. “Não imaginei que seria dessa forma, viver essa intensidade em um ambiente cheio de coisas novas, pois trabalhamos mais próximos da realidade desde a abertura da empresa até a apresentação do produto. Foi surpreendente, um período de muito aprendizado.”
Já a Professora Daiane Freitas avalia como surpreendente a Feira Simulada 2015 com alunos empreendedores que se doaram e suaram a camisa para atender a comunidade acadêmica participante do VII SIMPAC. Segundo o Professor Guilherme Castanheira ficou claro como as habilidades empreendedoras, quando estimuladas, potencializam pessoas, desenvolvem equipes e formam profissionais.