VII SIMPAC movimenta as duas unidades da Univiçosa

VII SIMPAC movimenta as duas unidades da Univiçosa
Publicado em 22 de outubro de 2015

Palestras lotadas realçam interesse pela pesquisa

Mais de 4 mil alunos e professores participaram do VII SIMPAC, ontem, nas unidades 1 e 2 da Univiçosa. O Simpósio de Produção Acadêmica reuniu quase 100 trabalhos da Univiçosa e de outras instituições, inclusive da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Instituto Federal de Tecnologia (IFET) de Rio Pomba. Todos eles serão publicados na Revista Científica da Instituição.

A abertura foi às 7h30 da manhã, com o Diretor Geral da Univiçosa, Professor Evaldo Zeferino Rodrigues; o Diretor Administrativo-Financeiro, Professor Mateus Mendonça Vieira; e a Coordenadora de Pesquisa da Instituição, Professora Eliene da Silva Martins Viana, anunciados pelo Coordenador Pedagógico e membro do NUPEX (Núcleo de Pesquisa e Extensão), Professor Rogério Pinto.

Na abertura, o Professor Evaldo Zeferino Rodrigues destacou a importância de o aluno se envolver com a pesquisa ainda durante a graduação e disse que isso terá peso decisivo no futuro profissional de cada um. Lembrando indicação do Professor Plínio Eng durante a II Convenção de Professores da Univiçosa, realizada no sábado dia 17, aconselhou os presentes a assistir o filme “Clube do Imperador” (The Emperor's Club, de 2002, drama dirigido por Michael Hoffman) que serve como inspiração para quem ensina, pesquisa, aprende e aplica na vida pessoal e na profissão.

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Em seguida começaram as apresentações em pôster e orais, que ocorreram também à noite.

Por volta das 9h30 da manhã os fisioterapeutas Rita de Cássia Almeida e André de Jesus, das primeiras turmas da Univiçosa, foram homenageados. Eles estão na origem do SIMPAC e receberam a comenda do mérito educacional das mãos do Diretor Geral, Professor Evaldo Zeferino Rodrigues, e da Gestora do curso de Fisioterapia, Professora Silvia Helena de Morais. Rita de Cássia lembrou que a ideia surgiu diante da necessidade de envolver os acadêmicos na pesquisa científica. “Eu sentia falta dessa parte de pesquisa, de mostrar que o que eu estava estudando levava muito em conta a ciência. A intenção era que o Simpósio estimulasse isso entre os alunos, começando pequeno, com revisões bibliográficas e que depois tivéssemos laboratórios e outras condições ainda melhores. Penso que a gente deve sempre buscar o respaldo da ciência pra ter mais segurança naquilo que fazemos. Quando eu entendo a fundo o que faço através da ciência a gente consegue aprimorar a aplicação das técnicas”, diz. Por sua vez, André de Jesus disse que voltar à Univiçosa e receber essa homenagem após 5 anos de formado é muito importante porque faz perceber que valeu a pena estimular a criação do SIMPAC. “A pesquisa é muito importante para a construção do conhecimento. Quando você está na graduação e tem oportunidade de pesquisar, isso faz a diferença. Você pode inovar, mesmo sendo graduando. Às vezes a gente pensa que tem de ter Mestrado ou Doutorado, mas ainda na graduação é possível. A Univiçosa dá margem para o aluno buscar conhecimento não só em sala de aula. O SIMPAC é a prova disso; está hoje aqui, um evento grande, que começou com 2 alunos de graduação.”

O aluno de Educação Física da UFV Lucas Caldas participa do VII SIMPAC com o trabalho “Os Efeitos da Prática de Atividade Física nos Parâmetros Biomecânicos da Marcha e na Aptidão Física de Mulheres de Meia Idade” em busca de outras visões de alunos, profissionais e professores acerca do tema. “Isso complementa minha formação acadêmica e profissional. Gostei da organização do SIMPAC, é tudo muito bem estruturado, as correções sugeridas para o meu trabalho foram bem apontadas com aspectos relevantes. A minha perspectiva é muito boa.”

Regilane Aparecida da Silva Santos, aluna do nono período de Fisioterapia, participa com o trabalho “Cefaleia pós Raquianestesia e os Possíveis Fatores Influentes: Revisão de Literatura”, e diz que o SIMPAC é a oportunidade de experimentar e praticar os conhecimentos relacionados à metodologia científica adquiridos durante a graduação. “É uma experiência nova, mesmo estando no nono período. Nas minhas dificuldades encontrei pessoas que me ajudaram, especialmente na correção indicando o que precisava melhorar.” Afirmou ainda que se arrepende por não ter participado antes e que foi tão bom que pretende participar outras vezes.

Um dos avaliadores do II SIMPAC é o Professor David Rafael Quintão Rosa (Engenharia Ambiental e Engenharia Química) considera que cresceu o interesse dos alunos pela pesquisa científica. “Considerando o número de trabalhos no SIMPAC deste ano a gente observa que os alunos se interessam cada vez mais pela pesquisa. Tem muitos trabalhos com temas interessantes, à metodologia foi muito bem feita, os orientadores tiveram um cuidado muito grande em trabalhar com os alunos. Os trabalhos estão muito bons e a metodologia científica foi mais bem explorada do que nas edições anteriores. Estamos evoluindo bastante.”

Houve ainda palestras sobre: Dependência Química (André Alves Daniel), Uninasf (Carla Tranin), Erosão Hídrica (Gisele Silvério Santos e Paloma Marques), Tecnologia da Informação (Patrícia Monnerat), Metodologias Alternativas para Detecção de Bactérias Láticas e Cultra Starter em Salame (Natália Parma), Influência da Suplementação de Ferro e Vitaminas Hemopoieticas no Tempo de Recuperação do Hematócrito de Cães Após a Doação de Sangue.

À tarde aconteceram o II Seminário do Comitê de Ética em Pesquisa (14h) e o I Seminário de Iniciação à Docência (16h). Durante o Seminário do Comitê de Ética em Pesquisa professores e acadêmicos da Univiçosa discutiram a ética nas profissões, ressaltando a importância da pesquisa responsável. No Seminário de Iniciação à Docência os alunos monitores puderam expor e debater a experiência em sala de aula, discutindo a importância da monitoria e da organização dos estudos para o aprendizado, que acontece tanto para o aluno monitor quanto para o que vai a monitoria.

À noite, houve palestras sobre Relações Interpessoais nas Organizações (Mariane Fialho Saraiva) e Processo de Segurança Contra Incêndio e Pânico: Normas Reguladoras de Combate a Incêndio (Marcos Borges), apresentações em pôster e orais , além da Empresa Simulada (20h).

O Coordenador do VII SIMPAC, Professor Rogério Pinto, comemorou o sucesso do evento. "Pra mim que estou aqui desde o início, ver o SIMPAC completar 7 anos é muito gratificante, pela magnitude que foi, pela organização, pelo envolvimento do alunado e dos professores. Já temos a entrada de trabalhos de outras instituições: UFV, UFMG, IFET de Rio Pomba. Isso abrilhantou demais nosso evento; Vários alunos que apresentaram trabalhos estão fazendo pós-graduação, inclusive em nível de Mestrado e Doutorado, e trouxeram parte de suas dissertações ou de suas teses para o nosso evento. Isso mostra que estamos o caminho certo. Cada vez mais temos a certeza de que a ciência e a construção do conhecimento novo em nossa Faaculdade estão se fortalecendo."

A premiação do VII SIMPAC vai ocorrer nos primeiros dias de novembro.

Empresa Simulada fecha programação no VII SIMPAC

A Empresa Simulada faz parte do trabalho de conclusão de curso dos alunos de Administração e Tecnólogos em Gestão de Empresas (Processos Gerenciais). Esse ano foram 4 empresas: Brasilidade Grill, Pastelaria Universitária, Saborear e Bar do Chico. Os alunos foram orientados pelos professores Guilherme Castanheira e Daiane de Freitas. A Feira é parte da disciplina “Empresas Simuladas”, que realiza também rodadas de negócios e estuda o gerenciamento de empresas através de um sistema de gestão simulada.

“No semestre passado tivemos a disciplina ‘Plano de Negócios’ para colocar em prática a nossa empresa e, agora, deparamos com essa realidade. Isso mostra como lidar com o cliente, ter organização dentro da empresa, fazer o controle de caixa, atender bem nossos clientes e alcançar o objetivo que é vender e ser melhor”. diz Mateus Sales Lana (Bar do Chico).

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A acadêmica de Enfermagem Milena Flores Silva diz que o momento da Empresa Simulada é de distração antes de começar a semana de provas e uma oportunidade importante para os alunos que estão fazendo a área administrativa. “É uma realidade que eles vão enfrentar lá fora, e já praticam aqui dentro. Assim terão mais experiência e saberão como agir nesses momentos. É muito importante para o crescimento acadêmico das pessoas que realizaram e também para a interação dos alunos que não organizaram, mas que estão contribuindo com eles.”

Márcio Antônio Ribeiro Júnior, acadêmico do curso de Gestão de Empresas (Processos Gerenciais) e um dos organizadores da Pastelaria Universitária, acredita ser uma experiência única. “Um dos grandes medos das pessoas é entrar no mercado de trabalho sem ter vivenciado isso na parte prática. Vários alunos não sabiam a base da formação de uma empresa, desde o processo de abertura até a movimentação e o encerramento. A Empresa Simulada proporciona isso. É uma experiência única.”

Para as alunas Sâmara Aad e Graziele Faria da Silva (Saborear), a Empresa Simulada é muito boa para a formação acadêmica, uma vez que permite planejar e organizar a empresa, além de lidar com os clientes. “Se o negócio não tiver planejamento e organização não vai dar certo. Isso nós buscamos desde o começo, quando estávamos fazendo o planejamento de negócios”, diz Graziele Faria.

Jovelino Márcio, aluno de Administração (Brasilidade Grill), diz que o objetivo inicial era colocar em prática o conhecimento adquirido no curso. “Não imaginei que seria dessa forma, viver essa intensidade em um ambiente cheio de coisas novas, pois trabalhamos mais próximos da realidade desde a abertura da empresa até a apresentação do produto. Foi surpreendente, um período de muito aprendizado.”

Já a Professora Daiane Freitas avalia como surpreendente a Feira Simulada 2015 com alunos empreendedores que se doaram e suaram a camisa para atender a comunidade acadêmica participante do VII SIMPAC. Segundo o Professor Guilherme Castanheira ficou claro como as habilidades empreendedoras, quando estimuladas, potencializam pessoas, desenvolvem equipes e formam profissionais.

Por seu turno a Professora Michele Rodrigues, gestora interina dos cursos de Administração e Gestão de Empresas, diz que “a feira é um momento de grande aprendizado para os alunos e de descontração para os clientes que são, na verdade outros alunos e funcionários da Univiçosa. Além disso, desperta em todos o espírito empreendedor”. Michele Rodrigues atribui o sucesso da Feira aos alunos dos dois cursos, pela dedicação e criatividade no desenvolvimento de seus negócios; e aos professores Guilherme Castanheira e Daiane Freitas, que orientaram os estudantes.


Fonte: https://academico.univicosa.com.br/uninoticias/acervo/a392c4cf-50fd-4aa0-9e98-f1f3ee7f07a9