O uso do vidro e do filme flexível em alimentos

O uso do vidro e do filme flexível em alimentos
Publicado em 08 de agosto de 2014

Para uso doméstico, melhor opção é o vidro (Foto: Stock Photos)



Viviane Gomes Lelis, Engenheira de Alimentos, Mestre e professora do Curso de Nutrição

Embalagem para alimento, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), é o invólucro, recipiente ou qualquer forma de acondicionamento, removível ou não, destinada a cobrir, empacotar, envasar, proteger ou manter, especificamente ou não, matérias-primas, produtos semielaborados ou produtos acabados.

Os materiais básicos que constituem as embalagens são: vidro, metal, plástico, papel ou cartão. O objetivo deste texto é comparar o uso do vidro e de um tipo de plástico (filme flexível PVC) para embalar alimentos.

O vidro é um dos mais antigos materiais de que se tem conhecimento, sendo o material mais inerte utilizado para embalagens de alimentos e é totalmente reciclável. Por isso, um quilo de caco de vidro se transforma em um quilo de vidro novo, sem perda alguma.

A transparência do vidro é uma característica muito positiva, porém seu peso ainda implica em resistência do consumidor em utilizá-lo.

Para uso doméstico, as embalagens de vidro encontradas nos diversos formatos e tamanhos em lojas de variedades tem se apresentado como uma excelente alternativa para acondicionar alimentos em geladeira, para posterior consumo. Não é indicada a utilização de alguns tipos de plásticos para entrarem em contato direto com os alimentos.

Existem no mercado filmes flexíveis, como aqueles utilizados para cobrir fôrmas de queijo mussarela, presunto, empada, frutas, carnes em geral, legumes, dentre outros, que podem não ser uma boa alternativa. Vale uma ressalva que, para marcas diferentes, a composição do plástico pode ser distinta uma da outra. Esse filme flexível é feito de PVC, uma resina atóxica e inerte, porém, o uso de substâncias plastificantes para melhorar vários aspectos, acaba trazendo consequências negativas. E são esses plastificantes que podem variar de marca para marca.

Quando em contato com o alimento e, dependendo de algumas variáveis (temperatura, tipo do alimento, tempo de contato e outras), os compostos plastificantes do filme flexível podem migrar para o produto. Algumas destas substâncias podem acarretar consequências toxicológicas ao consumidor, sendo que algumas delas podem ser potencialmente carcinogênicas.

Essas evidências são importantes para fazerem o consumidor refletir e ficar atento em seu cotidiano. Muitas vezes, a substituição da embalagem plástica por vidro pode ser uma excelente alternativa.


Fonte: https://academico.univicosa.com.br/uninoticias/acervo/916b92e6-7f0f-4b78-9a4d-c2fecd516df5