Foto: Stock Photos
Arthur Batista Ferreira, Engenheiro Químico, Mestre em Agroquímica. Professor do curso de Engenharia Química da UNIVICOSA
Nanotecnologia pode ser compreendida como a ciência que manipula a matéria em escala nanométrica, ou seja, na ordem de um bilionésimo de metro. Partículas com tamanho tão pequeno apresentam propriedades mecânicas, ópticas, magnéticas e químicas peculiares, podendo ser aplicadas em diversos campos da ciência, como por exemplo, na redução de impactos ambientais.
O uso de nanomateriais catalíticos aumenta a eficiência e a seletividade de processos industriais, gerando maior eficiência energética e aproveitamento de matéria prima, e menor produção de rejeitos. Esta tecnologia vem sendo aplicada também no desenvolvimento de sistemas de iluminação de baixo custo e de dispositivos eletrônicos que consomem menos energia e não utilizam metais tóxicos.
A nanotecnologia também pode ser aplicada no monitoramento e tratamento da poluição. A fabricação de sensores cada vez menores e mais sensíveis vem auxiliando no monitoramento de poluentes orgânicos e inorgânicos no meio ambiente. A grande área superficial das nanopartículas lhe confere excelentes propriedades de adsorção de metais e substâncias orgânicas. As propriedades redox e de semicondutor podem ser aproveitadas para tratamento de efluentes através da degradação química ou fotoquímica de poluentes orgânicos.
Mas como toda tecnologia ela também oferece riscos. Existem relatos de nanopartículas encontradas no fígado de animais usados em pesquisas. Segundo os pesquisadores, elas podem vazar em células vivas e, talvez, entrar na cadeia alimentar através de bactérias. Ainda não existe regulamentação ou corpo de leis específicas para utilização de nanotecnologia em escala industrial.