Enfermagem da Univiçosa alerta para alto custo do tratamento de doenças provocadas pelo tabagismo

Enfermagem da Univiçosa alerta para alto custo do tratamento de doenças provocadas pelo tabagismo
Publicado em 04 de outubro de 2010

Combate ao fumo exige ação coordenada


A indústria do tabaco está se articulando em todo o planeta para coibir as ações das autoridades contra o fumo. A investida do setor encontra forte resistência do governo brasileiro. Em reunião na OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde), em Washington (EUA), o Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, conclamou os países do continente a reagirem. A medida permite que os países possam se preparar ou ajudar as autoridades de saúde pública na proteção de sua população. A indústria do tabaco tem buscado na Justiça local, nos tribunais e organismos internacionais impor obstáculos às medidas de controle de exposição das pessoas ao fumo.

O texto aprovado pela OPAS reforça a necessidade de que os países adotem as diretrizes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, um tratado internacional assinado por mais de 190 países e que está em vigor desde 2005, sob os amparo da Organização Mundial de Saúde. A convenção prevê, dentre outras ações, a implementação de leis rígidas para banir o fumo em ambientes coletivos, a disseminação de advertências sanitárias fortes nas embalagens dos produtos, a restrição da propaganda e do patrocínio de eventos culturais e esportivos por marcas de cigarros. No caso específico do Brasil, tais ações são importantes para impedir o avanço do consumo dos produtos do tabaco.

Pela resolução brasileira, os países americanos rechaçam, em conjunto, as medidas adotadas pelas empresas do tabaco quando interferem ou criam obstáculos para as ações de saúde pública. Com o objetivo de ampliar o potencial dessa união continental, será promovido, por meio da OPAS, o monitoramento, que colocará em evidência as estratégias da indústria. A ideia é que, por uma comunicação conjunta e ágil, os países consigam reduzir a eficácia das estratégias da indústria e fortalecer as medidas regionais antitabagistas.

“Com esse movimento, espera-se que os países das Américas continuem a obter resultados positivos na redução do consumo de tabaco”, afirmou o ministro da Saúde, José Gomes Temporão. O Brasil é hoje um dos principais atores no combate ao tabagismo no mundo. Pesquisa do IBGE, em parceria com o Ministério da Saúde, visitou 50 mil casas no Brasil, em 2008, e mostrou que a queda no consumo de tabaco entre 1989 e 2008 foi de quase 50%.

Entre as medidas adotadas nos últimos anos no Brasil estão: a proibição de publicidade do tabaco, o aumento de impostos sobre o produto e a inclusão de advertências mais explícitas sobre os efeitos danosos do fumo nos maços. O Ministério da Saúde apoia ainda um projeto de lei que tramita no Congresso para acabar, de vez, com os fumódromos nos ambientes fechados e de uso coletivo.

Para a Enfermeira Alessandra Santos de Paula, Gestora do Curso de Enfermagem da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde, mantida pela Univiçosa, “as políticas vigentes contra o fumo são importantes. Diversos estudos comprovam os malefícios do cigarro”, diz. Com Alessandra concordam as professoras de Enfermagem da Univiçosa Débora Ferreira e Luciana Pereira Moraes. “Além dos males causados pelo tabaco à nossa saúde, o custo com o tratamento das doenças provocadas pelo fumo é muito alto”, argumenta Luciana Moraes. O cigarro pode ocasionar problemas odontológicos; insônia; irritação; alterações no apetite; impotência sexual; cânceres de boca, garganta e pulmão; e enfisema pulmonar, além de interferir diretamente nas relações sociais.
 


Fonte: https://academico.univicosa.com.br/uninoticias/acervo/8697d319-4429-4aa8-96a9-ef0fa1d332fc