* Alessandra Sayegh Arreguy Silva
Nos Estados Unidos há empresas especializadas em modificar a genética de gatos para que os felinos não provoquem alergias no homem. Com isso, pessoas alérgicas poderão usufruir da companhia dos gatos como animais de estimação.
Para encomendar um gato antialérgico, a pessoa entra no site da empresa FelixPets. O site esclarece que pessoas alérgicas a gatos têm rejeição a uma proteína secretada pelas glândulas sebáceas do gato (Fel d 1) e não aos pelos do animal, como se pensava anteriormente. Essa proteína é relativamente pequena e se espalha pelos locais aonde o animal circula, contaminando os móveis e objetos dos proprietários, que apresentam a alergia posteriormente manifestada por espirros, corrimento nasal, olhos vermelhos e irritados e dificuldades respiratórias.
O gato antialérgico é “feito” retirando-se a proteína Fel d 1 de uma única célula do animal. Depois, a célula é implantada em uma fêmea que produz filhotes de gatos livres da proteína. Os filhotes desses animais modificados geneticamente também são antialérgicos.
Mas é importante lembrar que a natureza é sábia e essas pesquisas podem colocar em risco os animais, com alterações genéticas que ainda estão sendo estudadas. Os amantes dos gatos podem reagir contrariamente diante do fato para proteger esses animais das modificações feitas pelo homem.
* Médica Veterinária, Gestora do Curso de Medicina Veterinária da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde, mantida pela Univiçosa