Ricardo Zatti, Gestor do Curso de Farmácia da Univiçosa
Sob o ponto de vista econômico, a indústria de carnes é a principal indústria do setor de alimentos, sendo a maior em termos de geração de empregos e volume de recursos financeiros. Segundo dados da Conferência Nacional da Agricultura, o volume de recursos somados das cadeias bovinas, suínas e de frango: aproximadamente R$ 60 bilhões, foi quase cinco vezes aquele da segunda maior indústria de alimentos, a de leite e derivados, nos últimos anos.
A indústria de carnes envolve uma série diversificada de profissionais, dentre eles o farmacêutico, que pode estar envolvido em etapas de obtenção, distribuição e comercialização, focando suas atividades no controle de qualidade destes produtos. Muitos farmacêuticos atuam na inspeção de produtos de origem animal em serviços de vigilância sanitária de estados e municípios.
Em grandes frigoríficos e indústrias do setor, o farmacêutico atua em laboratórios de controle de qualidade na verificação da presença de contaminantes químicos e até mesmo hormônios e fármacos no tecido animal. No controle biológico verifica-se a qualidade microbiológica – presença de microrganismos — da carne in natura e dos produtos acabados. Sua atividade é de grande importância para as indústrias brasileiras cumprirem as legislações e regulamentos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ministério da Saúde e as exigências sanitárias internacionais preconizadas pela Organização Mundial do Comércio (OMC).
Para atuar na área é necessário, após a graduação, se especializar em cursos de pós-graduação em Garantia e Controle de Qualidade de Alimentos. O mercado está carente de profissionais especializados e atualmente os salários são bem atraentes.