ÓLEO DE COCO PODE POTENCIALIZAR EFEITOS DE EMAGRECIMENTO

ÓLEO DE COCO PODE POTENCIALIZAR EFEITOS DE EMAGRECIMENTO
Publicado em 24 de outubro de 2012

Ana Paula Boroni, Professora do curso de Nutrição da Univiçosa

A utilização do óleo de coco para o tratamento da obesidade tem recebido grande atenção, sendo considerado o emagrecedor da moda. Entretanto, a sua eficácia divide opiniões. Para os defensores do óleo, este pode prevenir e tratar várias complicações metabólicas. No óleo de coco há um predomínio do ácido graxo láurico, principio ativo com várias propriedades, que parece ter menos efeitos danosos no perfil lipídico do que o ácido graxo palmítico, presente em gorduras saturadas de origem animal, por exemplo.

O óleo de coco é classificado como gordura saturada e sabe-se que o nível de saturação determina a consistência da gordura em temperatura ambiente. Quanto maior o grau de saturação, mais dura será a gordura. No entanto, este é uma exceção, pois apesar de ser altamente saturado, é liquido, devido à predominância de ácidos graxos de cadeia média (com destaque para o ácido láurico), que correspondem a 70-80% de sua composição.

O fato do óleo de coco possuir maior teor de desses ácidos graxos faz com que tenha um comportamento metabólico distinto de outras gorduras saturadas. O produto pode ser utilizado no preparo dos alimentos em substituição a outros tipos de gordura ou na forma de suplementos (líquido ou em cápsulas).

Apesar de diversas teorias positivas sobre o óleo de coco, os estudos envolvendo seres humanos ainda são escassos e controversos, tanto para o perfil lipídico quanto para a perda de peso. Estudos avaliando os efeitos do consumo deste produto a longo prazo também são necessários. É importante ressaltar que a gordura saturada do óleo de coco, apesar de apresentar uma melhor composição que outras fontes de gordura saturada, deve ser consumida moderadamente.

O óleo de coco é uma gordura como qualquer outra, sendo que cada grama reúne 9 calorias. Ainda é válida a recomendação de que se deve limitar a ingestão de gordura saturada com 7% do valor calórico total da dieta, priorizando as gorduras monoinsaturadas e poli-insaturadas. Para quem está querendo emagrecer de forma natural e saudável, nada melhor do que alterar os hábitos alimentares inadequados e praticar atividade física.


Fonte: https://academico.univicosa.com.br/uninoticias/acervo/6a2c9dc1-fa34-4167-ba45-e94ed23291a6