Resultados de testes da vacina contra malária são promissores

Resultados de testes da vacina contra malária são promissores
Publicado em 17 de setembro de 2013

Eficaz, vacina ainda é cara e difícil de ser produzida (Foto:Stock Photos)

Raphael Vasconcellos, Biomédico, Mestre em “Biologia Celular e Estrutural”: Professor do Curso de Farmácia da Univiçosa/Esuv


Em agosto deste ano, cientistas americanos mostraram resultados muito promissores de uma vacina contra a malária, doença causada pelo protozoário “Plasmodium SP”. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a doença afeta 99 países ao redor do mundo, principalmente a África subsaariana. Estima-se que 3,3 bilhões de pessoas vivam em regiões de risco e essa doença mata 660 mil pessoas por ano em todo o mundo, mais frequentemente crianças, em especial no continente africano.

No Brasil, as áreas endêmicas se concentram na região amazônica, especialmente na floresta amazônica: Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.

Durante a primeira fase dos testes clínicos, 50 adultos voluntários receberam a vacina por um ano. Um grupo recebeu quatro doses periodicamente, enquanto outro grupo recebeu cinco. No primeiro grupo, cerca de um terço dos voluntários desenvolveram malária, enquanto o segundo grupo não teve nenhum doente. Os dados mostram que quanto mais doses administradas (até certo ponto) é produzido um maior número de anticorpos.

Para produzir a vacina, mosquitos que foram alimentados com sangue contaminado pelo plasmódio são expostos a radiação e, depois, suas glândulas salivares são removidas manualmente. Em seguida, os parasitas enfraquecidos pela radiação, presentes na saliva do mosquito, são purificados.

Essa vacina mostrou-se eficaz, mas é cara e de difícil produção. Por ser feita manualmente, é impraticável fabricar grandes lotes para administrá-la em países pobres. Inicialmente ela será utilizada somente em militares estadunidenses que viajarem em missão para áreas de risco.


Fonte: https://academico.univicosa.com.br/uninoticias/acervo/6773c650-5fc1-4cb9-8a24-1c7593e2fa18