Adriane Jane Franco: Farmacêutica, Especialista em Farmacotécnica Homeopática. Professora do curso de Farmácia da UNIVIÇOSA
No ano de 2011, a publicação da resolução 52/2011 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), proibiu a venda dos medicamentos anorexígenos em todo o Brasil. Os medicamentos à base de anfepramona, femproporex e mazindol deixaram de ser comercializados no Brasil, seguindo uma tendência mundial de restrição do consumo dessas substâncias.
Apesar da divulgação de resultados sobre os efeitos nocivos relacionados ao uso dessas substâncias, além da observação do uso indiscriminado em detrimento da adoção de hábitos saudáveis de vida, alimentação adequada e atividade física frequente, muitos se perguntaram e ainda perguntam se essa proibição era mesmo necessária.
Recentemente, o diretor-presidente da ANVISA, Dirceu Barbano, reafirmou a importância dessa proibição. Antes dela, o Brasil era um dos maiores consumidores de anorexígenos e também havia um crescente número de indivíduos obesos. Hoje, aparentemente, as pessoas se conscientizaram que hábitos saudáveis são cruciais para a manutenção do peso corporal.
“Todo medicamento pode trazer, com o seu consumo, benefícios e malefícios. A busca pelo corpo perfeito, por muitos anos foi pautada na utilização de substâncias que em um primeiro momento correspondiam às expectativas de perda de peso facilmente, porém, como em todo uso irracional de medicamentos, passou a trazer prejuízos à saúde do usuário. Em caso de dúvidas sobre o medicamento que esteja utilizando, busque orientação do profissional farmacêutico, principalmente quando houver suspeita de reação adversa”, disse.