Publicado em 24 de agosto de 2010
Gravidez de risco exige bom senso e orientação, diz Gestor da Univiçosa
A pílula anticoncepcional funciona exatamente da mesma forma tanto em mulheres magras quanto nas obesas. É o que aponta estudo realizado por pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Columbia (EUA), jogando por terra o tratamento adicional, que aumenta a dose de hormônio em mulheres que estejam acima do peso.
Frequentemente atribuída a falhas na anticoncepção devidas à capacidade da gordura corporal de metabolizar hormônios, especialmente o estrogênio, a obesidade leva alguns médicos a receitarem pílulas com doses mais altas de hormônios para mulheres acima de 100kg.
Nos EUA, estima-se que 65% das mulheres adultas em idade reprodutiva estejam acima do peso considerado normal, situação em que a gravidez é mais arriscada.
O estudo foi publicado no periódico “Obstetrics & Gynecology” e envolveu 226 mulheres usuárias de pílulas anticoncepcionais. As participantes tinham entre 18 e 35 anos de idade, e foram divididas entre obesas e de peso normal.
As descobertas reforçaram a recomendação da necessidade de uso diário da pílula.
Para o Farmacêutico Marcos Rodrigo de Oliveira, Gestor do Curso de Farmácia da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde, mantida pela Univiçosa, o estudo mostra a importância da orientação correta para o uso de medicamentos. “Alguns medicamentos podem fazer efeito, independentemente do peso dos pacientes, como foi demonstrado no estudo com os anticoncepcionais. Dessa forma não há a necessidade de aumento na dose. Mas não se pode generalizar com relação para todos os medicamentos, por isso, o uso dos medicamentos deve sempre ter sido receitado por médicos e orientação farmacêutica”, analisa.