O que é o Capital de Giro nas empresas

O que é o Capital de Giro nas empresas
Publicado em 29 de fevereiro de 2016

Foto: MorgueFile

Ana Cláudia da Silva: Contadora, Especialista em Gestão de Pessoas. Professora dos cursos de Administração, Ciências Contábeis e Tecnologia em Gestão de Empresas da Univiçosa

Para se administrar uma empresa ou um pequeno negócio é preciso conhecer várias técnicas administrativas. A administração do Capital de Giro é uma técnica fundamental, pois permite a continuidade dos negócios e de todas as atividades operacionais, garantindo lucros e assim, a criação de valor e de riqueza a longo prazo. A má administração do capital de giro contribui com a mortalidade e falências das empresas.

Segundo o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) em pesquisa realizada em 2004, 31% das empresas “fecham suas portas” antes do primeiro ano de vida e cerca de 60% após cinco anos de existência. Pode-se citar como os motivos mais frequentes: falta de planejamento estratégico antes de abrir o negócio, deficiência na gestão, falta de políticas governamentais incentivadoras, flutuações na conjuntura econômica, além da alta carga tributária e muitas vezes a falta de capital de giro e inexperiência administrativa do empreendedor.

O Capital de Giro por sua vez, pode ser chamado de “Capital de Trabalho”, uma vez que são necessários recursos financeiros para financiamento das atividades operacionais de curto prazo, como por exemplo: crédito a cliente, pagamento de fornecedores, salários e encargos sociais (FGTS, INSS) de funcionários, despesas com energia elétrica, água, telefone, internet, aluguel, dentre outras. Contabilmente, o capital de giro representa o Ativo Circulante da empresa que geralmente é composto por: Caixa, Bancos, Aplicações Bancárias, Clientes e Estoques.

O papel do administrador é analisar as principais técnicas empregadas para uma eficiente administração do capital de giro conhecendo seus ciclos: operacional, financeiro e econômico bem como, seus prazos médios de pagamento de fornecedores ou compras (PMPC), recebimento de clientes ou vendas (PMRV) e de estocagem (PME). Dessa forma, a empresa não precisará tomar recursos financeiros de terceiros.

Portanto, o administrador financeiro atua diretamente neste quesito e é o principal responsável por aplicar políticas de créditos e de cobranças para que o fluxo de caixa da empresa não fique descoberto, evitando fontes onerosas de financiamentos ou empréstimos.


Fonte: https://academico.univicosa.com.br/uninoticias/acervo/629770e0-606b-4c24-9b83-cca14efd173a