Detoxificação exige boa escolha de alimentos e uso correto
* Karina de Araújo Ferreira
Detoxificar significa retirar as substâncias potencialmente tóxicas de dentro do organismo. Essas substâncias, chamadas de xenobióticos, podem ser geradas pelo próprio corpo em consequência das reações de metabolismo ou, ainda, provenientes de agentes externos, como agrotóxicos e aditivos químicos.
Segundo os nutricionistas funcionais, o acúmulo de xenobióticos no organismo pode levar a danos importantes em nível celular, devido ao aumento na produção de radicais livres e substâncias carcinogênicas, comprometendo a saúde e qualidade de vida.
O processo de detoxificação ocorre normalmente em órgãos como o fígado e intestino. Dietas desequilibradas, pobres em alimentos naturais e ricas em alimentos industrializados, agrotóxicos e aditivos alimentares tendem a reduzir a capacidade do organismo de realizar esse processo.
Os alimentos que possuem maior potencial de detoxificação são aqueles ricos em vitaminas, minerais e fibras, preferencialmente sem aditivos químicos e agrotóxicos. Frutas, verduras, ervas aromáticas e água são os alimentos com maior potencial de detoxificação, e tem sua ação potencializada quando orgânicos. Ainda podemos incluir no grupo dos alimentos com capacidade de detoxificação o azeite extravirgem, raízes (inhame, cará, mandioca), arroz integral, castanhas, nozes e leguminosas, como feijão, fava, grão de bico e soja.
Na ausência desses nutrientes, o organismo fica comprometido, e substâncias tóxicas se acumulam no corpo, inclusive no tecido adiposo, onde há o armazenamento de gordura.
Na dieta ‘detox’, as mudanças na dieta ajudam a acelerar o emagrecimento e ainda, a pele fica mais bonita e o sistema imunológico mais fortalecido. Mas, para o plano dar certo, nada de viver à base de sucos, sopas ou água com limão; o ideal é ir eliminando aos poucos alimentos e substâncias nocivas sem abrir mão do sabor.
Para fazer uma dieta detoxificante, procure uma nutricionista funcional para um plano alimentar individualizado e saudável, e que seja permanente.
* Acadêmica do sétimo período do Curso de Nutrição da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde, mantida pela Univiçosa. Texto revisado pela Gestora do Curso, Luiza Carla Vidigal Castro