Ricardo Antônio Zatti: Farmacêutico, Mestre em Ciências Farmacêuticas. Gestor do Curso de Farmácia da Univiçosa
A profissão farmacêutica é destaque entre as carreiras que envolvem tecnologia, de acordo com uma série de reportagens publicadas no site da revista Exame entre 2013 e 2014. Nos últimos anos dez anos, o setor industrial farmacêutico no Brasil viveu uma revolução. A entrada dos genéricos no mercado farmacêutico a consolidação do SUS (Sistema Único de Saúde) são os principais motivos dessa revolução.
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A demanda por medicamentos ficou mais exigente e a competição, acirrada. Para responder a esse cenário, novas áreas dentro da profissão farmacêutica foram criadas e a tendência é que essas áreas ocupem mais espaço no mercado de trabalho, tanto no serviço público quanto em empresas privadas.
Novos cargos
Gerente de acesso ao mercado público: é o profissional farmacêutico responsável por fazer o “meio de campo” entre governo e indústria. Atua antes do processo de licitação, oferecendo soluções especificas sobre como a empresa pode ajudar na aquisição de medicamentos e correlatos para hospitais públicos e secretarias de saúde. É necessário conhecer os medicamentos (principalmente, farmacologia), além de ter domínio das políticas públicas, que podem variar em cada região. Os salários chegam a R$ 25 mil por mês.
Gerente de acesso ao mercado privado: o profissional medeia a relação entre a indústria farmacêutica, seguradoras de saúde e hospitais. A tarefa é, praticamente, a mesma: mapear necessidades e entregar soluções. O profissional que pretende atuar nesse segmento deve saber tudo sobre os medicamentos e ter uma boa relação com os clientes.
Gerente de Farmaeconomia: o farmacêutico irá avaliar os impactos sociais e econômicos de um tratamento medicamentoso através de estudos que mostram os custos e a duração de um tratamento. Devem ser da área de Ciências Farmacêuticas. Os salários chegam a 30 mil reais.
Medical Science Liaison (MSL): é o farmacêutico que faz contato com líderes de opinião na área de saúde para trocar informações sobre os estudos feitos antes que um medicamento seja lançado. Não existe uma abordagem comercial, mas, neste caso, é essencial ter mestrado ou doutorado. Os salários variam entre R$ 15 mil a R$ 18 mil.
Gerente de educação médica: O uso de alguns medicamentos é tão complexo que não basta ler a “bula”, é preciso acesso a alguém de dentro da indústria farmacêutica que saiba, em detalhes, o modo de usar. O farmacêutico que atua nesta área leva informações farmacológicas a médicos, enfermeiros e dentistas. Os salários variam de R$ 18 mil a R$ 20 mil.
Além dessas novas áreas, o farmacêutico ainda pode atuar em laboratórios de análises clínicas, na elaboração de exames toxicológicos e na indústria de cosméticos, áreas que estão em crescimento no país.