Professor da Univiçosa comenta uso de perfume na publicidade

Professor da Univiçosa comenta uso de perfume na publicidade
Publicado em 09 de setembro de 2010

Perfume tem poder milenar

Depois de utilizar imagens exaustivamente e de formas cada vez mais criativas, os publicitários estão lançando mão de um recurso que, dizem, vale muito mais que mil palavras: o aroma. O chamado “marketing olfativo” já mobiliza mais de US$ 100 milhões por ano. Empresas como a inglesa Rolls Royce, a coreana Samsumg e a brasileira O Boticário já aderiram e colocam cheiros especiais em suas peças publicitárias e nas lojas. Especialistas dizem que perfumes específicos aguçam o sentido de novidade e sofisticação.

As estratégias passam por cartões de crédito perfumados, lojas com cheiros que remetem aos produtos oferecidos, fragrâncias que lembram marcas e até outdoor que borrifa cheiro de churrasco no ar.

Para o publicitário Rodrigo Vaz, professor de “Globalização, Marketing Internacional e Corporativo” do Curso de Marketing da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde, mantida pela Univiçosa, o segredo da boa publicidade sempre esteve atrelado a um bom retorno do chamado “share of mind” ou compartilhamento da mente. Esta é a eterna busca dos profissionais da área: criar artifícios que façam o consumidor memorizar uma propaganda de forma rápida, direta e durável.

“Com as novas fórmulas para se destacar na mente dos consumidores, surgiram ferramentas como o marketing social, marketing de guerrilha, marketing viral e outros. Entramos agora em uma nova era de exploração dos sentidos, onde o apelo visual cedeu espaço para outras formas de exploração. As imagens sofreram uma super exposição na mídia e, muitas vezes, o público reagia de forma defensiva em relação a determinada propaganda. A exploração do odor na publicidade cria uma nova perspectiva, menos agressiva e poluída, pelo menos por enquanto”, analisa.

Rodrigo Vaz considera que o desafio dos profissionais de marketing e publicidade, agora, é utilizar de forma criativa as novas possibilidades já antevendo outras. “Logo não iremos mais querer sentir o cheiro de muitas dessas marcas em nossa casa”, diz.


Fonte: https://academico.univicosa.com.br/uninoticias/acervo/5f4eef8b-aa0f-4aa7-ba34-b1db2b42e7b5