Não só pelas suas características organolépticas (características dos objetos que podem ser percebidas pelos sentidos humanos, como a cor, o brilho, o sabor, o odor e a textura), mas também pelo seu efeito estimulante, o café é uma das bebidas mais apreciadas em todo mundo. Ele possui mais de 2000 compostos químicos, embora muitos, com atividades biológicas ainda desconhecidas.
A cafeína pode ser encontrada em diversos alimentos como em chás, chocolates, refrigerantes e em medicamentos.Devido ao seu elevado e distribuído consumo, os potenciais efeitos na saúde causados pela ingestão do café, despertam desde cedo o interesse da comunidade científica.
Alguns estudos têm pesquisado a relação existente entre a ingestão do café e a redução dos sintomas da asma, pois o efeito benéfico em pacientes asmáticos vem sendo atribuído à ação cafeína, que pode ser comparada com a teofilina (substância utilizada em medicamentos para asmáticos).
Pequenas quantidades de cafeína podem melhorar a função pulmonar por até quatro horas, pois ela age como broncodilatador e dilata as vias respiratórias Porém, em relação à melhora dos sintomas da asma, pode ser necessário a ingestão de cafeína em quantidades tão grandes que levaria a efeitos adversos.
Estudos epidemiológicos desenvolvidos nesta área mostram que a probabilidade dos consumidores moderados de café que desenvolveram os sintomas usuais de asma é, em média, 30% menor do que os não consumidores. Apesar das evidências, mais estudos são necessários para que possa se determinar a dose responsável pelos reais benefícios da ingestão da cafeína por pacientes asmáticos.
*Professora do Curso de Nutrição da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde, mantida pela Univiçosa.