Ricardo Antônio Zatti: Farmacêutico, Mestre em “Ciências Farmacêuticas”. Gestor do Curso de Farmácia da Univiçosa/Esuv
Os estudos com as células tronco estão revolucionando a cosmetologia e a farmacologia. O tratamento de diversas doenças, dentre elas as congênitas, do sistema nervoso central e as relacionadas ao envelhecimento, se tornou possível graças aos avanços tecnológicos com a utilização destas células.
As células tronco são células especiais que podem fazer cópias idênticas de si mesmas bem como se diferenciar em outros tipos celulares. Na pele humana essas células possuem a capacidade de reconstituir, manter o equilíbrio e regenerar o tecido, em caso de lesões. Com o avançar da idade, o número de células tronco epiteliais diminui e sua habilidade de reparação torna-se menos eficiente. Essa redução dificulta a manutenção de uma pele saudável e intensifica os sinais do envelhecimento cutâneo. Além disso, a longevidade do corpo está diretamente relacionada à presença de células tronco.
Todas as células tronco, independentemente da origem — animal, vegetal ou humana, possuem capacidades específicas e fatores epigenéticos para promoverem a autorrenovação celular. Na área de cosmetologia, as células tronco de origem vegetal estão sendo utilizadas para promover as células tronco epiteliais humana. Para essa finalidade, chegou recentemente às farmácias de manipulação uma preparação lipossomal com células tronco extraídas de um tipo raro de maçã. Rica em fitonutrientes, proteínas e células de longa vida, cosméticos com esse ativo natural, ajudam a pele a manter suas características normais, atrasa o envelhecimento, têm ação antirrugas e melhoram a aparência da pele.