Água parada é ambiente propício para mosquito da dengue
* Alessandra Santos de Paula
O Ministério da Saúde atualizou o LIRAa (Levantamento do Índice Rápido de Infestação por Aedes Aegypti) e elevou de 10 para 16 os estados com risco muito alto de epidemia de dengue. Outros 9 estados estão em risco alto, dentre eles Minas Gerais.
O Ministério da Saúde fará o acompanhamento sistemático da implantação dos planos de contingência para enfrentar epidemias de dengue nos 16 Estados que atualmente apresentam maior risco. O monitoramento será feito em parceria com as Secretarias Estaduais de Saúde e vai integrar as ações de vigilância, assistência e mobilização em saúde.
A Dengue é transmitida pela picada da fêmea infectada da espécie Aedes aegypti, que apresenta tamanho pequeno, coloração escura e nítidas marcações de listras prateadas no tórax e patas, sendo essencialmente doméstica, ou seja, com criadouros próximos às residências e hábito diurno: só pica durante a manhã e final da tarde.
Os sintomas mais comuns apresentados pelos indivíduos que contraem a doença na forma clássica são: dor de cabeça, na região dos olhos, nas articulações e músculos, pequenas manchas vermelhas, fraqueza e prostração.
Por esse motivo, há necessidade de se estabelecer medidas profiláticas com o intuito de se evitar epidemias. A mobilização da sociedade é um fator importante no combate à dengue e os indivíduos devem fiscalizar o seu domicílio e dos seus vizinhos para diminuir a infestação do mosquito.
Pelo fato do vetor utilizar-se preferencialmente de depósitos artificiais de água limpa para colocar os seus ovos, a população deve ter cuidado com os utensílios que possam acumular água em suas casas. É também recomendado que se faça a limpeza adequada da caixa d’agua a cada 6 meses observando sempre se há presença de rachaduras e se estão devidamente tampadas. Quanto aos vasos de plantas não se deve deixar água acumulada principalmente nas bromélias e evitar o uso de pratinhos, pois mesmo cheios de areia, as pesquisas tem demonstrado que é possível a deposição de ovos do vetor.
* Gestora do Curso de Enfermagem da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde, mantida pela Univiçosa. Texto elaborado a partir de informações constantes no site do Ministério da Saúde. O mapa, gerado pelo Ministério da Saúde, não considera a dispersão de DEN-4. SC nunca teve transmissão autóctone de dengue